Abriu ‘conta’ para financiar a ‘relevância’ do ex-presidente.
Diário do Poder / Foto: reprodução
O ex-presidente e herdeiro do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht, relatou a procuradores da Lava Jato que uma espécie de conta que a empresa mantinha em nome de Luiz Inácio Lula da Silva tinha o objetivo de manter o petista influente depois que saísse da Presidência da República.
Após a saída do Planalto, com alta aprovação popular, a expectativa era que ele continuasse a ter relevância no cenário político, o que de fato ocorreu. Segundo Odebrecht, foi criada uma ‘conta’ financiada pelo departamento de propinas, gerenciada pelo ex-ministro Antônio Palocci, preso em setembro.
Segundo a delação, divulgada pela Folha de S. Paulo, Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, é apontado como um dos encaregados de transportar o dinheiro em espécie que abastecia a ‘conta’.
Batizada de ‘amigo’ em referência a Lula, a ‘conta’ foi usada para financiar projetos como a compra de um terreno em São Paulo que deveria abrirar a sede do Instituto Lula.
O Intituto afirmou, em nota à reportagem, que não comenta “especulações sobre supostas delações”.