Delação do ex-líder de Dilma será devastador ou insignificante.
Por Claudio Humberto / Jornal do Commercio
O acordo de delação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), se confirmado, pode ser devastador para a presidente Dilma, o ex Lula e figurões como o presidente do Senado, Renan Calheiros, caso tenha testemunhado fatos comprometedores. Mas pode também nada significar: Delcídio é conhecido em Brasília por arrotar um prestígio na verdade inexistente. Seu advogado nega a negociação de um acordo.
Delcídio somente passou a ter acesso ao poder petista após se tornar – por exclusão, ninguém queria o cargo – líder do governo no Senado.
Considerado “o mais tucano dos petistas”, Delcídio tem ambiente ruim em seu partido, que nem sequer lhe foi solidário. Pretende se desfiliar.
Líder do governo, Delcídio passou a se reunir com Dilma, seu chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. E visitava Lula semanalmente.
A expectativa é que Delcídio confirme revelações de outros delatores, reforçando acusações contra políticos que já são alvos da Lava Jato.