O terrorista italiano que vivia no Brasil protegido pelo PT e foi preso na Bolívia, foi condenado por envolvimento em quatro assassinatos
Jornal Nacional
A Justiça italiana confirmou a sentença de prisão perpétua para Cesare Battisti, por envolvimento em quatro assassinatos.
A defesa de Battisti argumentou que o acordo entre a Itália e o Brasil deveria ser aplicado: neste caso, a sentença não poderia ultrapassar os 30 anos.
Mas o Tribunal de Apelação de Milão entendeu que ele foi expulso da Bolívia, onde foi preso, e por isso o tratado com o Brasil não se aplica.
Cesare Battisti chegou ao Brasil em 2004. Era considerado foragido desde dezembro, quando o então presidente Michel Temer assinou o decreto de extradição.
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O ex-militante do grupo Proletários Armados para o Comunismo foi condenado na Itália por quatro homicídios cometidos no final dos anos de 1970. Ele sempre negou os crimes, mas após voltar à Itália admitiu a participação.
Mesmo com prisão perpétua, Cesare Battisti poderá sair em breve da cadeia. Daqui a três anos e meio, quando tiver cumprido um total de dez anos da pena, já poderá pedir para passar para a prisão domiciliar.
Os anos de prisão que Battisti já cumpriu incluem o período em que ele ficou preso na Itália antes de fugir e ainda na França e no Brasil.