Em conjunto com seus advogados, Joesley Batista e Ricardo Saud tomaram a decisão de se entregar
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Os executivos do grupo J&F, Joesley Batista e Ricardo Saud, decidiram se entregar à Polícia Federal (PF). A informação foi revelada pela rede “Globonews”. Na manhã deste domingo (10), o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a prisão temporária dos dois.
Na sexta-feira (8), o procurador geral da República, Rodrigo Janot, havia solicitado um pedido de prisão dos delatores por conta das novas gravações em que eles aparecem levando novos detalhes sobre o acordo de delação premiada antes feito com a Procuradoria Geral da República (PGR).
Janot também havia solicitado a prisão do ex-procurador da República Marcello Miller, mas Fachin, neste caso, não autorizou a prisão. Miller é citado nos áudios como um grande articulador do acordo de colaboração dos executivos da J&F. Auxiliares de Janot que avaliam que ele atuou junto à JBS com uso de informações privilegiadas que possui por ser ter integrado a equipe de Janot e pode ter incorrido no crime de obstrução de justiça e exploração de prestígio.
Em conversa entregue pela própria defesa da JBS, Saud e Joesley conversam sobre a suposta interferência de Miller para ajudar nas tratativas de delação premiada. O ex-procurador ainda fazia parte do Ministério Público quando começou a conversar com os executivos, no final de fevereiro. Ele foi exonerado da instituição apenas em abril.