
Já de olho em 2026, prefeito de Recife e governadora tem disputado as legendas; MDB deixou a gestão estadual em movimento similar
O Globo
A mais de um ano das eleições estaduais em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra (PSD) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), seguem disputando o apoio dos partidos no estado. Após Lyra conquistar o apoio do Avante, Campos reagiu exonerando todas as indicações da legenda no Procon. Antes disso, a governadora já havia integrado membros do União Brasil e do PP à sua base.
Em contrapartida, Lyra perdeu o apoio do MDB no estado. João Campos nomeou o presidente estadual da sigla, Raul Henry, como secretário de Relações Institucionais da Prefeitura. No entanto, o futuro do MDB permanece incerto: uma nova eleição para o diretório estadual está marcada para maio. Caso Jarbas Vasconcelos Filho vença Raul Henry, existe a possibilidade de Lyra reconquistar o apoio do partido.
Com os olhos voltados para as eleições de 2026, João Campos e Raquel Lyra intensificam a disputa pelo apoio de outras legendas.
O PSDB, antiga sigla de Lyra, tem se aproximado de Campos desde que a governadora migrou para o PSD, o que provocou uma debandada de antigos aliados. O prefeito tem explorado sua relação próxima com o presidente da Assembleia Legislativa, o tucano Álvaro Porto, que nunca foi aliado de Lyra e atualmente comanda o PSDB no estado.
Já o União Brasil, que integra a base governista na Assembleia, mantém influência na gestão municipal, com o comando das secretarias de Turismo e de Desenvolvimento Econômico no Recife.
A maior disputa, no entanto, ocorre em torno do Partido dos Trabalhadores (PT). A sigla está dividida: a ala municipal apoia João Campos e ocupa duas secretarias na prefeitura, enquanto os deputados estaduais petistas se alinham ao governo de Raquel Lyra e, recentemente, migraram para o bloco governista na Assembleia Legislativa.