Por Magno Martins
Não teve um assunto mais comentado, ontem, nas rodas políticas do Estado, no plano nacional e nos bastidores do que o amplo espaço que o jornal O Globo abriu, na sua edição domingueira impressa e online, para o prefeito do Recife, João Campos (PSB). Tudo por causa dos pitacos que deu ao presidente Lula e ao novo ministro das Comunicações, Sidônio Palmeira, revelando verdadeiros truques para se manter uma poderosa comunicação pelas redes sociais.
No jornal carioca, João foi batizado de “prefeito Tik Tok”. Ocoligarão com o PT repórter diz que ele foi chamado a Brasília e deu pitacos na área em que ostenta números relevantes. “São 2,8 milhões de seguidores no Instagram, o maior montante entre todos os comandantes de cidades do Brasil e quase o dobro da população recifense, que é de 1,5 milhão de pessoas. Integrantes da equipe de João passaram a compor o time do novo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), Sidônio Palmeira, e o estrategista de sua campanha de reeleição, Rafael Marroquim, também desembarcou por uma semana na capital federal para ajudar o Planalto”, informa um dos maiores jornais do País.
Entre tantos assuntos que abordou na entrevista ao Globo, ainda na comunicação, o prefeito João Campos ensinou: “O principal é ter conexão e sinergia com o povo, e Lula tem isso como poucos. O desafio é entender que no mundo de hoje é preciso ser mais rápido, mais simbólico, não tem direito a falhas. Estamos falando de um tempo na comunicação digital que tem a força do Reels, de um bumper, uma propaganda de cinco segundos no máximo no YouTube. Se você fizer um pronunciamento de uma hora, ninguém vai ver o que você falou, mas vão ver a falha de cinco segundos que cometeu”.
Na entrevista, João mandou recados para Raquel, entre os quais este: “As pessoas querem resultados. Estamos num tempo em que o simbólico é muito importante, mas o concreto também. Não adianta falar e não fazer. As pessoas querem ver o resultado. Isso faz toda a diferença na hora da indicação de voto. Eleição é comparação”.
Sobre a manutenção da aliança nacional do PSB com o PT com Alckmin na vice, afirmou: “Isso é uma prioridade do partido. Quando fizemos a aliança com Lula, o maior partido a apoiá-lo foi o PSB. Nenhum dos grandes partidos que hoje têm ministérios apoiou Lula. E tenho certeza de que muitos também não coligarão no ano que vem”.