Jair Bolsonaro agradece o empenho dos integrantes da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara na aprovação do relatório da reforma da Previdência.
E acena ao presidente da Câmara ao destacar o comprometimento de Rodrigo Maia no apoio à matéria.
Em cadeia nacional de rádio, o chefe do Executivo ressaltou que se nada for feito, o governo não terá dinheiro para investir em áreas como Educação, Saúde e Segurança.
E disse contar com o espírito patriótico dos parlamentares nas próximas fases de tramitação da proposta que altera as regras das aposentadorias.
A fala de Bolsonaro com aceno a Rodrigo Maia busca melhorar a interlocução do Executivo com o Legislativo.
O presidente da Câmara determinou ontem a criação da comissão especial que vai analisar a reforma da Previdência.
A leitura em plenário feita pela segunda suplente da Mesa Diretora da Casa, Geovana Sá, inaugurou uma nova fase da tramitação.
Para ampliar o número de partidos na comissão, Rodrigo Maia aceitou aumentar de 34 para 49 o número de integrantes.
O governo tem 6 votos favoráveis à reforma e, mais uma vez, conta com o apoio do centrão, grupo de pequenos e médios partidos, que soma mais de 20 vagas.
Principal fiador do projeto, o presidente da Câmara elogiou a articulação política que levou a vitória na Comissão de Constituição e Justiça.
Recursos extras em emendas parlamentares poderão ser oferecidos a deputados e senadores que apoiarem a reforma.
Seriam 40 milhões de reais até 2022, acréscimo que os parlamentares usariam em obras nas bases eleitorais.
O presidente da Câmara defende o pagamento das emendas impositivas e não vê a ação do governo como “velha política”.
Rodrigo Maia aguarda a indicação dos 49 parlamentares para instalar a comissão, o que deverá ocorrer entre hoje e segunda-feira.
No colegiado serão necessários votos de pelo menos 25 deputados para aprovar a nova Previdência que, depois, seguirá para duas votações no plenário da Câmara.
Os deputados terão 40 sessões para analisar o conteúdo da matéria e discutir alterações.
Segundo o líder do PP, Agnaldo Ribeiro, a determinação do centrão é aprovar a proposta com as mudanças já defendidas.
O líder do Novo, Marcel Van Hattem, defende, no entanto, manter o projeto como foi enviado ao Congresso.
O governo promete apresentar hoje ao Congresso os cálculos do Ministério da Economia que embasaram as mudanças das regras das aposentadorias.
A falta desses dados foi o principal motivo das obstruções feitas pela oposição na Comissão de Constituição e Justiça.