O urânio de baixo enriquecimento é usado para produzir combustível para reatores nucleares, mas, potencialmente, pode servir para a produção de armas nucleares. — Foto: Reprodução/TV Globo/Jornal Hoje
O Irã afirmou por meio de um comunicado neste domingo (5) que o seu trabalho de enriquecimento de urânio não respeitará mais o acordo nuclear de 2015, que fixava o processo de enriquecimento em 3,6%, e que sua produção não terá mais limites.
O anúncio foi feito depois que o Conselho de Segurança Nacional do Irã realizou uma reunião de emergência para discutir a política nuclear do país após o assassinato do general Qassim Soleimani, morto em um ataque aéreo americano em Bagdá nesta quinta-feira (2).
O urânio de baixo enriquecimento é usado para produzir combustível para reatores nucleares, mas, potencialmente, pode servir para a produção de armas nucleares.
Quebra do acordo nuclear
Em julho do ano passado, o porta-voz da Organização da Energia Atômica do Irã, Behruz Kamalvandi, afirmou durante uma entrevista coletiva que o país estava “totalmente preparado para enriquecer urânio a qualquer nível e com qualquer quantidade”. Na época, o processo de enriquecimento superou a taxa fixada em 3,67% e alcançou os 5%.
O acordo nuclear com o Irã foi firmado em julho de 2015, após 20 meses de negociações entre o governo da República Islâmica e um grupo de potências internacionais, liderado pelos EUA. (Por G1)