O despacho foi assinado pelo ministro em 1º de março, atendendo um pedido do delegado Felipe Alcântara de Barros Leal, da força-tarefa da Lava Jato.
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Sem alarde, o ministro Teori Zavascki autorizou que a Polícia Federal tenha mais sessenta dias para concluir as diligências investigatórias contra o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), na Operação Lava Jato.
O senador é investigado no INQ 4005, que apura uma suposta propina de 20 milhões de reais, mencionada em delação premiada de Paulo Roberto Costa, tendo como destinatários Fernando Bezerra e Eduardo Campos.
O procurador geral da República, Rodrigo Janot, em petição nos autos, concordou com o pedido de mais prazo para a Polícia Federal investigar o socialista.
Fernando Bezerra Coelho responde a pelo menos mais quatro inquéritos no STF. No INQ 4139, da relatoria do ministro Marco Aurélio, responde junto com Odacy Amorim por supostos crimes previstos no Decreto-Lei 201/67, que trata de crimes cometidos por prefeitos no exercício do cargo. No INQ 3958, relatado pelo ministro Luiz Fux, é investigado por suposto crime de peculato. Também responde a outro processo sigiloso, o INQ 3710, da relatoria do ministro Roberto Barroso.
Nem só notícias ruins para o senador. Conforme sua assessoria divulgou no início de março, o STF determinou o arquivamento do Inquérito 4178, que apurava suposto crime de responsabilidade por parte do ex-prefeito de Petrolina e hoje senador da República, Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE).
Para sua defesa na Lava Jato, o senador contratou dois nomes de peso do mundo jurídico, o advogado gaúcho André Luís Callegari, especialista em lavagem de dinheiro, e a advogada Gabriella Rollemberg, filha do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, do mesmo partido que Fernando Bezerra Coelho.