O Hospital e Maternidade Santa Maria comemorou na última sexta-feira, 27 de janeiro, mais um ano de sua fundação. São 56 anos cuidando, com muito amor e carinho, do povo da região do Araripe seguindo a missão dada pelo fundador e bispo Diocesano, Dom Campelo de Aragão. “Tudo farei pelos eleitos”.
Viva o Hospital e Maternidade Santa Maria!
Já na próxima terça-feira (31), a diretora do Hospital Santa Maria, irmã Fátima Alencar, celebra 25 anos de vida consagrada com uma missa às 19 horas na Igreja Matriz de Araripina. O celebrante será o bispo da Diocese do Crato-CE, Dom Magnus Henrique.
Conheça a história de Dom Campelo de Aragão
Dom Antônio Campelo de Aragão – Nasceu aos 05 de dezembro de 1904, na cidade de Garanhuns-PE. Filho de Aurélio Aragão e Enedina Campelo Aragão. Foi batizado aos 13 de junho de1905, recebendo o nome de Antonio. Na sua infância e adolescência sofreu a perca dos genitores, ficando órfão de pai aos 10 anos, e de mãe aos 13 anos de idade.
Sempre acolheu com humildade, alegria e disponibilidade à vontade de Deus. Tinha muita facilidade de falar em público e fazia com convicção de um 2 Evangelizador, levando a Palavra de Deus com fervor a todos e em todos os lugares. Nos anos 1939 a 1942, assumiu a direção do Colégio Padre Inácio Rolim em Cajazeiras PB. Naquela cidade conquistou espaços deixando florescer o talento de batalhador e empreendedor corajoso na administração do Colégio e na construção do Santuário de Nossa Senhora Auxiliadora.
Salesiano destemido e fiel á vontade do Pai Celeste, dedicou-se á administração do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora em Aracaju nos anos 1943 a 1945. Sempre dócil a escutar o convite de Jesus: “Ide e Anunciai…” Foi enviado, por sua Congregação Salesiana como Diretor do Colégio Salesiano de Fortaleza-CE e pároco da Igreja da Piedade, onde construiu as Escolas Profissionais Dom Bosco.
Nesta paróquia completou os trabalhos da construção da matriz. Deu grande impulso ao Apostolado da Oração, às Filhas de Maria, à visita aos doentes e ao ensino do Catecismo. Este apostolado o colocou em relevo. Foi quando foi oi escolhido por Deus para exercer na sua Igreja o Ministério Episcopal, sendo nomeado pelo papa Pio XII em 05/06/1950, Bispo Auxiliar Dom Aquino Correia, Arquidiocese de Cuiabá (MT). Foi ordenado bispo aos 13 de agosto do mesmo ano em Fortaleza-CE.
Pastor e Profeta ardoroso, ungido pelo Espírito do Senhor para evangelizar os pobres. Assumiu o mandato do Mestre, pautando sua vida no
lema: “Tudo farei pelos Eleitos”. Naquela arquidiocese revelou-se um Pastor incansável, dinamizando os setores pastorais e sociais. D. Antonio visitava as famílias e ia de cidade em cidade, de movimento em movimento. Em todos os setores da sociedade adentrou para evangelizar e anunciar a Palavra de Deus. Nada o intimidou.
Construiu obras, reabriu o seminário, fundou movimentos e associações, apoiou a juventude e os organismos operários. Tudo em favor dos mais pobres, que eram os seus prediletos. Tempo muito fecundo da sua vida de pastor, testemunhou a Diocese de Petrolina. Aos 18 de dezembro de 1956, foi nomeado pelo Papa Pio XII, para exercer o Ministério Episcopal sendo Bispo diocesano de Petrolina, sertão Pernambucano.
Ânimo forte e muita coragem eram características inerentes à sua personalidade. Com visão de conjunto, pastoreou a diocese de maneira incansável, indo até aos mais escondidos recantos para se encontrar com suas ovelhas e a elas levar uma palavra de ânimo, fé e de esperança. Foi um Bispo missionário e peregrino das caatingas e comunidades ribeirinhas. Atuou na Sede da diocese, mas também viajou infinitas vezes para as cidades do interior. Além da missão Evangelizadora, foi o pioneiro desenvolvendo trabalhos nas áreas de: comunicação, saúde e educação e Grande animador da pastoral Vocacional enviando jovens para varias congregações religiosas, seminários diocesanos e apostolado leigo.
Em Petrolina, Dom Antonio enfrentou e venceu desafios, impulsionado pela força da fé e um incansável desejo de expandir o Reino de Deus. Deixou para a Diocese grandes marcos de Evangelização e serviços sociais, como: a Organização do Departamento de Ação Social Diocesano para assistência social e educacional. A Emissora Rural “ A Voz do São Francisco”, a construção da Vila São Francisco” para os pobres vítimas da enchente em 1957; realizou o 1º Congresso de Ação Católica de 3 a 7 de junho de 1962, comemorando o 1º Centenário da Criação da Paróquia N. S. Rainha dos Anjos; a construção e inauguração do Pavilhão do Lenho – Instituto São José e Cine Massangano, que hoje é chamado Centro Cultural Dom Bosco; ampliação do Centro Social Pio XI; implantação das Legiões agrárias e círculos operários no interior da Diocese (1961); realização do primeiro Congresso de Ação Social de Petrolina, por ocasião do centenário da Igreja matriz, Nossa Senhora Rainha dos Anjos; construção e inauguração do Hospital e Maternidade Santa Maria em Araripina (1959), inaugurou o Centro Social de Araripina – 1962 e da Escola Normal Dom Malan em 1967, inaugurou o Centro de Treinamento Diocesano de Petrolina em 28 de Março de 1971, construção do Hospital de Sta. Maria da Boa Vista – 1971, Implantou as decisões do Concílio Vaticano II na Diocese, com prudência, respeito e segurança, fase que exigiu dele um espírito forte e capacidade de superar incompreensões. As visitas pastorais foram intensas e constantes.
Percebendo a extensão da Diocese e a carência de sacerdotes, fundou duas congregações religiosas: As Mensageiras de Santa Maria, em 1º de julho de 1957 e as Irmãs Medianeiras da Paz em 10 de dezembro 1968.