Por Carlos Britto / Coluna da Folha
Nem toda vitória traz todas as honras ao podium, e uma nova disputa já começou no seio da família Coelho, em Petrolina, principal cidade do Sertão. É que havia uma expectativa, uma meta a ser atingida, em que a governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB), chegasse à casa dos 100 mil votos. O que não se confirmou.
Pelo contrário: Raquel venceu, mas o placar foi bem apertado. A diferença foi de apenas 5 mil votos, com o placar ficando dessa forma: Raquel Lyra: 89.758 e Marília Arraes (SD) 84.554 votos, com termos percentuais de 51,49% contra 48,51%. No primeiro turno Raquel não somou 5 mil votos.
Acontece que, agora, Guilherme Coelho (PSDB), que foi o candidato a senador da tucana e aliado de primeira hora, disputa o protagonismo no futuro governo com Miguel Coelho (União Brasil), que anunciou apoio a Raquel imediatamente depois do seu resultado adverso nas urnas, quando concorreu ao Governo de Pernambuco.
Tudo indica que a nova governadora acolherá os dois na futura gestão, mas o tamanho desse acolhimento pode gerar muitas respostas e insatisfações. Não é só a indicação por si, é o espaço político e o impacto dessa decisão nas próximas eleições em Petrolina, já que Guilherme e o grupo de Miguel romperam atirando.
Em uma entrevista, ainda ontem (30), Miguel disse que está à disposição de Raquel, deixando claro que almeja um espaço. Guilherme também se diz prontíssimo para a nova missão, e o jogo está jogado. É isso aí!