Blog de Jamildo
O secretário de Administração do governo Paulo Câmara, Milton Coelho, informou, que a gestão entrou na Justiça do Estado, nesta tarde, pedindo a ilegalidade do movimento grevista dos professores da rede estadual.
A greve foi deflagrada na sexta-feira da semana passada.
“Vamos aguardar o pronunciamento da Justiça. Na nossa avaliação, o que aconteceu até aqui foi uma medida de radicalização. E o governo do Estado não pode ficar de braços cruzados, assistindo esse processo de radicalização evoluir, enquanto a população é prejudicada, sem aulas”, declarou, por telefone, de Brasília.
O pedido de socorro ao TJPE ocorre no segundo dia da paralisação, quando a Secretaria de Educação registrou, em levantamento oficial, que que 48% (506 escolas) não paralisaram as atividades, enquanto 31% (319 unidades) paralisaram parcialmente e 21% (220 escolas) aderiram totalmente à paralisação. No primeiro dia, a não adesão havia sido maior.
De acordo com primeiro levantamento feito nas escolas da Rede Estadual de Ensino, referente ao primeiro dia de greve dos professores, na segunda-feira (13), informou-se que 55% das escolas (574 unidades) não haviam paralisado suas atividades, 28% pararam parcialmente (239 escolas) e 22% paralisaram totalmente (232 escolas).
Entre um dia e outro, o fato novo foi a ameaça de corte de ponto por parte do governador Paulo Câmara, caso os funcionários não voltassem ao trabalho. O governo insiste que só negocia com o fim do movimento.
O secretário de Paulo Câmara recusou-se a comentar se a greve era política ou não.
“Não há qualquer justificativa para os professores estarem em greve, a não ser algum elemento que a gente não identificou ainda. O que nós estranhamos é que a CUT, nacionalmente, reconheça as dificuldades do governo Federal e não reconheça as mesmas dificuldades na situação de Pernambuco”, observou.
“O candidato Paulo Câmara prometeu dobrar o salário dos professores em quatro anos e não em quatro meses”, completou.
Além de acionar o Sintepe na Justiça, o secretário Milton Coelho confirmou ainda que o governo do Estado fechou a folha de pagamento de pessoal de abril nesta terça-feira, mas manteve aberta a folha dos professores até pelo menos o dia 20, de modo a poder descontar os dias parados, caso os professores continuem em greve.