O governo federal trabalha para não desidratar a proposta de reforma da Previdência em meio a uma semana esvaziada no Congresso Nacional.
O Planalto sabe que o centrão quer mexer em pelo menos 3 pontos; na lista estão a aposentadoria rural e o abono salarial.
O grupo de pequenos e médios partidos também bate o pé para manter como está o Benefício de Prestação Continuada, pago a deficientes e idosos de baixa renda.
Para cada pedido de alteração na comissão especial é necessário obter a assinatura de pelo menos 171 deputados.
As emendas serão discutidas no mesmo prazo de sessões destinadas a ouvir cerca de 50 autoridades, que serão convidadas para debater a reforma.
Só depois dessa etapa é o que relator Samuel Moreira vai apresentar o parecer para a votação, o que está previsto para acontecer em junho.
O objetivo do chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzzoni, é convencer os deputados a manter a estimativa de economia de um trilhão e 200 bilhões de reais.
A comissão especial da Previdência volta a se reunir na próxima terça-feira, quando os deputados já poderão apresentar sugestões de mudanças no texto da reforma.