‘Para as empreiteiras, a pressa em selar acordos é para evitar que outros presos na operação apontem relação entre os desvios de recursos na Petrobras e doações para as campanhas do PT.
Executivos de empreiteiras dizem que a AGU (Advocacia-Geral da União) pressiona bancos públicos a cortarem financiamentos a grupos empresariais investigados na Operação Lava Jato, que apura indícios de desvios em obras da Petrobras. A ameaça de fechar a torneira do crédito seria, no entendimento das empresas, uma forma de convencê-las a aderir ao acordo de leniência que o governo começa a estruturar com a criação de um grupo de trabalho nesta semana. A informação é de Vera Magalhães, na Folha de S.Paulo desta segunda-feira. Detalha mais a colunista:
O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, confirma que o órgão e o Banco Central discutem com os bancos públicos limites de crédito às empresas, mas nega que haja pressão para acelerar acordos.
Adams diz que, ao emprestarem dinheiro para obras cujos contratos podem ser anulados, os bancos estariam sujeitos ferir regras de gestão financeira. Segundo ele, o governo quer selar os acordos para dar segurança jurídica a essas operações.’