Após uma semana da eleição que definiu o nome de Raquel Lyra (PSDB) para ficar à frente do Palácio do Campo das Princesas pelos próximos quatro anos, uma das dúvidas que paira é sobre a composição da base aliada da governadora eleita durante o seu mandato. Por isso, o desafio da governadora será solidificar a sua base de governo na Casa de Joaquim Nabuco.
Eleita com 58,70% dos votos, Raquel faz parte de uma federação que é organizada pelo PSDB, Cidadania (de onde vem a sua vice-governadora eleita, Priscila Krause) e do PRTB. Se fosse apenas por este grupo, ela teria o apoio de três deputados estaduais eleitos: Débora Almeida (que teve 51.324 votos), Álvaro Porto (reeleito com 46.026) e Izaias Regis (com 27.104 votos).
A curiosidade fica por conta do partido, pois todos fazem parte do PSDB, partido da governadora eleita. Ou seja, nem o Cidadania e nem o PRTB elegeram novos quadros para a próxima legislatura.
No entanto, com o início do segundo turno, Raquel obteve apoio de outros 21 deputados estaduais que foram eleitos no último dia 2 de outubro. A não ser que outros nomes integrem uma eventual bancada de apoio, a tendência é de, dos 49 representantes, ela terá 24 deputados na situação.
Para a cientista política Priscila Lapa, Raquel Lyra representa um sentimento de mudança, seja no plano dos deputados ou do Executivo. “Pelo histórico, sempre tivemos uma maioria robusta de apoio aos governadores. Podemos vislumbrar uma pressão muito grande em pautas e talvez a sua dificuldade maior seja a definição das prioridades”, disse. (Folha de PE)