Pessoas que ficaram sem casa e estão em abrigos públicos vão ser priorizadas pela administração estadual.
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A partir desta segunda-feira (5), o Governo de Pernambuco vai cadastrar as famílias que estão desabrigadas por causa das chuvas e enchentes para conceder ajuda financeira. Equipes contratadas pelo estado visitarão abrigos, em 15 das 27 cidades em situação de emergência por causa da chuva, para levantar os dados das pessoas que não tiveram condições de ir para casa de familiares e amigos e precisaram recorrer aos alojamentos públicos. Segundo último balanço, de domingo (4), há 46.857 mil pessoas fora das moradias, sendo 3.252 desabrigados e 43.605 desalojados.
O cadastro serve, principalmente, para que o governo entenda a situação das pessoas que ficaram desabrigadas em cada município. Quem ficou desalojado, mas não precisou ir para abrigos, vai participar de outra etapa do cadastro, ainda não definida pelo governo.
O auxílio diz respeito, por exemplo, a aluguel social a até o financiamento de moradia popular para as famílias que perderam as casas por causa da enchente. Cada caso vai ser analisado em conjunto com os municípios.
Em entrevista ao Bom Dia Pernambuco desta segunda, o secretário de Planejamento e Getão de Pernambuco, Márcio Stefanni, explicou que terrenos vão ser escolhidos e passarão por terraplanagem, para a construção de moradias. “Hoje, vamos priorizar quem está nos abrigos. Vamos cruzar os dados com os cadastros dos municípios para saber quem tem direito. É preciso paciência, porque são necessários recursos”, disse o secretário.
Após a cheia de 2010, milhares de pessoas também ficaram desabrigadas e perderam as casas onde moravam. Desde então, o governo entregou 12.131 moradias populares, mas muita gente ainda segue sem casa na Mata Sul do estado. “Ainda existem casas que não foram entregues, por causa da construtora. Além disso, muita gente voltou às áreas de risco”, disse Stefanni.
Os coordenadores do gabinete de crise implantado pelo governo estadual se reuniram, no domingo, com o governador Paulo Câmara. Entre as medidas anunciadas para a população das cidades afetadas pelas fortes chvuas está a a antecipação de duas parcelas do programa Chapéu de Palha para os beneficiários, além de abono nas contas de água pela Compesa à população.