A presidenta inteligenta defende passar a conta da crise para o contribuinte.
Por Claudio Humberto / Jornal do Commercio
O Palácio do Planalto contabiliza os votos necessários para aprovar o retorno da famigerada CPMF. Apesar de se recusar a dividir com eles a arrecadação do “imposto do cheque”, o governo aposta na pindaíba dos prefeitos, em ano eleitoral, para aprovar o novo tributo. A ideia é pressionar deputados e senadores com a promessa de liberação de emendas parlamentares, que seriam destinadas aos municípios.
De acordo com o Palácio do Planalto, os parlamentares aliados serão forçados a aceitar a promessa de ajuda aos municípios.
O governo acha que convencerá o Congresso por causa do fim do financiamento privado de campanha. Prefeitos precisarão de dinheiro.
Os ministros Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) confiam que a CPMF passará ainda no primeiro semestre.
Deputados e senadores não confiam na promessa de Dilma. Ela firmou reputação de não cumprir acordos com o Congresso.