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Governador revela que sem verba do SUS não pode entregar UPAE quase prontas

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Câmara revelou que, em Pernambuco, a questão da defasagem da tabela do SUS se tornou um fator determinante.

Por Fernando Castilho

O governador Paulo Câmara admitiu, nesta sexta-feria, ao participar de um debate no programa Super Manhã com Geraldo Freire, na Rádio Jornal, que não tem como concluir e colocar em operação as sete UPAE que estão sendo construídas – quatro delas integralmente prontas – porque não tem recursos para operá-las. O mesmo argumento foi usado por ele para não concluir e entregar o Hospital a Mulher do Agreste que está pronto e poderia ser entregue em pouco tempo.

O governador admitiu que as obras dependem de recursos que, hoje, o estado de Pernambuco não tem. Segundo o governador, Pernambuco já gasta com o setor de saúde 16% de sua Receita Corrente Liquida quando, pela constituição, deve gastar apenas 12%.  Apesar disso, advertiu Paulo Câmara, não é suficiente.

Ele revelou que, em Pernambuco, a questão da defasagem da tabela do SUS se tornou um fator determinante. “Temos um problema pelo aumento da nossa oferta, disse Câmara. Nós construímos e inauguramos mais hospitais e mais UPAS, entretanto o SUS nos paga muito pouco e sem perspectiva de algum reajuste.

O governador disse que, hoje, não há como entregar as novas unidades porque o SUS, também, não está credenciando novas unidades no Brasil. Isso nos impediria financeiramente pois sem credenciamento não haveria como opera-las.

Isso significa que as unidades ficarão prontas até que o caixa melhore. O governador também revelou que hoje tem um problema sério nas unidades em operação porque elas estão cheias de pacientes vítimas de acidente de transito.

Hoje. Disse Paulo Câmara, Pernambuco tem um problema diferenciado pois a ocupação de leitos, por vítimas de acidentes, impede que os pacientes de cirurgias eletivas possam ter suas cirurgias marcadas retardando o tratamento.

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