Por Ricardo Antunes
O governador é o coordenador do processo e não ia fazer esse debate pela mídia”, disse um assessor, hoje, no Palácio do Campo das Princesas, quando da posse de Paulo Câmara como presidente do Consórcio Nordeste. “Se o ex-prefeito estava blefando, errou em combinar com o governador”, ironizou o mesmo assessor.
Pesaram também as pesquisas internas do PSB, que apontam o ex-prefeito com relativo índice de rejeição. Ele teve nada menos do que sete operações da Polícia Federal nas suas costas, e um candidato não pode passar o tempo todo se explicando nos debates e no guia eleitoral.
O nome preferido por Paulo Câmara seria o do seu fiel assessor, Zé Neto, opção essa também aprovada por vários prefeitos e deputados. O sobrinho do ex-governador Joaquim Francisco, no entanto, também foi descartado nos últimos dias, não por seus defeitos e sim por suas qualidades.
A avaliação do Palácio é a de que sua proximidade com Paulo Câmara poderia parecer uma “imposição” do mesmo, o que desagradaria a família do ex-governador Eduardo Campos. E o governador não quer pagar o preço de um eventual “corpo mole” do prefeito João Campos e de seu grupo mais próximo.
Um dado que revela bem que o secretário não vai mesmo disputar a sucessão está bem claro no seu celular. Ele está de férias com a família e bem longe de Pernambuco.
Quem liga ou manda um zap recebe, imediatamente, um recado.
“Olá, tudo bem? Estarei ausente até 24.01, qualquer urgência, favor entrar em contato com Eduardo Figueiredo, número 3181 2233”.
Resposta impensável para quem realmente estivesse se preparando para disputar o Governo do Estado, não está claro?