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General Heleno diz que Mauro Cid não participava de reuniões entre Bolsonaro e militares

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Perguntado sobre a frase dita pelo general de que “bandido não subiria a rampa” do Palácio do Planalto, ele apenas respondeu: “continuo achando que bandido não sobe a rampa”

O general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo Jair Bolsonaro (PL), rechaçou qualquer interesse ou participação em uma suposta tentativa de golpe de Estado. Durante seu depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, nesta terça-feira (26), ele classificou a tese defendida pela maioria governista na CPMI como “acusações infundadas”.

Heleno também colocou em dúvida as informações de vazamento da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “O tenente-coronel não participava de nenhuma reunião do presidente. Não era a função dele. Essa colaboração é não premiada”, observou.

Pressionado pela relatora do colegiado, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), a detalhar supostas reuniões entre Bolsonaro e militares de alta patente para tratar de planos de intervenção militar, o general Augusto Heleno descartou participar delas e até mesmo de conhecê-las.

Sobre a suposta “minuta do golpe”, ele disse que desconhecia qualquer esboço de proposta de decreto de garantia da lei e da ordem (GLO). “Quando o presidente Bolsonaro repetia que jogaria nas quatro linhas, mesmo que delirasse com tese golpista só poderia tirar meu time de campo”.

Perguntado por Eliziane sobre a frase dita pelo general de que “bandido não subiria a rampa” do Palácio do Planalto, ele apenas respondeu: “continuo achando que bandido não sobe a rampa”. Sua reação arrancou aplausos de parlamentares da oposição.

A relatora da CPMI também apresentou ao general documentos militares relatando falhas estruturais de equipamentos urbanos que poderiam facilitar o quebra-quebra na Praça dos Três Poderes. Ele disse desconhecer o relatório, mas observou que se trata de algo comum nas forças armadas, com queixas para reivindicar melhorarias. “É chororô de militar”.

No fim da série de questionamentos de Eliziane, a senadora perguntou se ele acreditava que as eleições foram fraudadas. Após a negativa, ela emendou: “O senhor mudou de ideia, então”. O general ficou indignado com o comentário e soltou palavrões.

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