RIO — O Tribunal Regional Federal ( TRF-2 ) ouviu, na tarde desta segunda feira, oito testemunhas de acusação da Operação Furna daOnça . No depoimento, as testemunhas confirmaram a entrega de dinheiro para pessoas ligadas aos deputados presos. Elas afirmaram não saber quem eram os destinatários, já que usavam codinomes. Sérgio Castro Oliveira, conhecido como Serjão, que era operador financeiro do ex-governadorSérgio Cabral , confirmou a entrega de dinheiro casa da mãe do deputado Chiquinho da Mangueira.
Uma outra testemunha de acusação, o delator, Luiz Carlos Linhares Ferreira, que era funcionário de doleiros, confirmou que fazia entregas de dinheiro em um diretório do PDT no Rio. Um dos acusados pelo Ministério Público de participar do esquema é Luiz Martins, filiado ao partido.
A defesa do deputado André Correâ (DEM) conseguiu uma liminar no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para anular a audiência desta segunda-feira. Os advogados alegam que não tiveram tempo hábil de apresentar defesa prévia na sessão do TRF que aceitou as denúncias contra o parlamentar. Com a decisão há possibilidades do processo contra Corrêa ser desmembrado do resto dos acusados na operação Furna da Onça.
O deputado soube da anulação durante a audiência de ontem, e comemorou a notícia junto com seu advogado enquanto uma testemunha contava detalhes do esquema de corrupção.
Também prestaram depoimento os irmãos Chebar, doleiros delatores que administravam parte da propina do ex-governador Sergio Cabral. Estiveram presentes na audiência os deputados André Corrêa e Marcus Abrahão. A defesa de Chiquinho da Mangueira decidiu desistiu de pedir o depoimento do ex-governador Sergio Cabral.
Os cinco deputados estaduais do Rio estão sendo acusados pelos crimes de por corrupção e associação criminosa . Os acusados são: André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcus Abrahão(Avante) e Marcus Vinicius “Neskau”(PTB). Segundo a denúncia do Ministério Público Federal, eles teriam recebido vantagens do esquema chefiado pelo ex-governador Sergio Cabral em troca de votações favoráveis ao governo na ALERJ.