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Forasteiros querem continuar dominando Política no Araripe

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(E agora nós vamos invadir sua praia)

Por Daniel Torres – Artigo Político / Foto: reprodução

Política virou profissão. Não é mais a arte de servir. Hoje em dia o carreirismo virou moda e palavra de ordem entre os que habitam a seara e que se especializam a cada dia nos métodos de “ganhar” eleições.

E não adianta os esforços da população que foram às ruas protestar. Reforma política, essencial para o país avançar, saiu em formato de miniatura, tímida e acanhada.

As mudanças foram mínimas e não causam impacto no voraz sistema eleitoral existente. Apenas um paliativo para aplacar os ânimos dos descontentes com os rumos do país.

Todavia há de ressaltar o “progresso” da proibição do financiamento privado nas eleições, embora a prática seja difícil de derrubar, porque nesses tempos eleitorais “boi voa” e “vaca tosse”. Como disse um importante representante do Poder Judiciário “Não existe doação privada de graça”. Realmente se um determinado empresário ou empresa faziam suas doações aos candidatos, à fatura viria depois, que o diga o que foi apurado na Operação Lava Jato.

Mas diante das mudanças, o brasileiro sempre há de dar um jeitinho para a “burla” eleitoral.

Existem aqueles também, que saturados nos lugares que pelejaram eleitoralmente a vida toda, procuram outras plagas para tentarem renascerem ou se manterem politicamente. E de lá para cá, a coisa ficou normal, detentores de mandatos, em troca soltam algumas migalhas, aqui acolá um poço, uma emendazinha, e olhe lá. Isso quando o chefe político local tem algum prestigiosinho com o mesmo. Porque a grande fatia vai para a sua base eleitoral principal.

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A região do Araripe sempre foi porto de desembarque de vários políticos principalmente deputados federais que aqui ancoram no período eleitoral, com a intenção apenas de complementar uma votação. E passam se os anos, décadas e sempre a região fica renegada a segundo plano, desprestigiada.

O que de verdade acontece? A região não tem realmente bons nomes? Ou os políticos da região não acreditam na força política que tem? Ou ainda eles (políticos) não se ativeram para este grande e importante detalhe, ter um deputado federal da região chama-lo de seu?

Alguns empresários e até mesmo o “povão”, politicamente contextualizados analisam como inconcebível que entre todas as lideranças políticas e empresariais e não política da região do Araripe não exista nomes que possa representar os interesses da região na Câmara Federal.

Se houver união de forças dos atores políticos que atuam na região, seria de bom tom que eles conseguissem apoiar um nome local. Caso contrário, as urnas no próximo ano podem reclamar e refletir essa situação com um grande mau humor.

Alguns nomes já foram lançados e estão se lançando a deputado federal. Mais o que falta na região é uma consciência, primeira dos chefes políticos locais e segundo do eleitorado da importância de se ter um legítimo representante. Alguém que incorpore os problemas e as demandas da região pense regional e não apenas alguém que defenda uma classe patronal ou determinada classe trabalhista.

A região tem potencial para ir mais além. A região carece de um projeto de poder, um projeto de representatividade e não o interesse de uma pessoa, família ou grupo político.

Faltando um ano das eleições para deputado federal já se nota algumas “diligências” com caubóis forasteiros fazendo suas cogitações, montando as suas dobradinhas com os candidatos a deputados estaduais novos e a reeleição em troca de votos em suas bases. Cogitações de apoios com prefeitos, vereadores e outras lideranças, e esses deputados federais já estão ensaiando o refrão da música do vocalista Roger Moreira do grupo Ultraje a Rigor “E agora nós vamos invadir sua praia”.

3 COMENTÁRIOS

  1. Caro Robério de Souza, parabéns por sua decisão de não votar em candidatos de fora. Todos os eleitores da região do Araripe deviam ter esse entendimento. Agora não é simplesmente não votar em forasteiros, é a região ter uma opção de votos, um candidato a federal a altura aos anseios da região, alguém que assuma abrace o Araripe com seus projetos. Alguém que tenha compromisso de trabalhar pela região, não simplesmente por uma classe trabalhista ou empresarial. Alguém que conviva com os problemas da região que saiba desenvolver as nossas potencialidades. Uma candidatura que não seja um projeto pessoal, familiar ou de um grupo político, que seja um projeto do povo do Araripe. Quanto ao amigo Sebastião Arrais o povo tem que aprender a querer coisa melhor no campo político. Mais do que bons políticos; precisamos de bons eleitores.

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