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Fiscalização de velocidade está desligada em todo Recife por atraso em licitação da prefeitura

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Foto: GUGA MATOS/JC IMAGEM

Não é apenas a Via Mangue, corredor viário expresso de acesso e saída da Zona Sul do Recife, que está sem fiscalização eletrônica de velocidadeSão todos os corredores viários da capital que estão, desde junho de 2023 e fevereiro deste ano, com os radares de velocidade sem notificar os excessos de velocidade praticados pelos condutores. Ou seja, desligados, como popularmente se diz.

Na prática, são mais de cem avenidas e ruas da cidade totalmente desprovidas de fiscalização de velocidade e mais de 60 equipamentos desativados. Sob a ótica da segurança viária, a situação é desastrosa, principalmente para o Recife, que desde 2020 foi escolhido para ser uma das 30 cidades mundiais beneficiadas até 2025, pelo projeto Bloomberg para Segurança Viária Global, desenvolvido pela Bloomberg Philanthropies organização especializada em políticas públicas, que atua em 480 cidades ao redor do mundo.

Vale lembrar que o excesso de velocidade é a infração mais cometida pelos condutores em todo o País e no Recife não é diferente. E que são os controladores e redutores de velocidade que respondem pela redução em até 40% dos números sinistros de trânsito com vítimas.

E, ainda mais, quando é analisada a razão para que a capital pernambucana tenha chegado a essa situação. Segundo informações apuradas pela Coluna Mobilidade, o desligamento dos radares está ocorrendo porque a Prefeitura do Recife – através da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) – se “atrapalhou” na continuidade da licitação dos dois contratos existentes na cidade.

CONTRATO DE FISCALIZAÇÃO VENCIDO DESDE JUNHO DE 2023 E EM FEVEREIRO DE 2024

Um dos contratos de fiscalização eletrônica de velocidade – o maior deles, que abrange 80% do sistema de radares – está vencido desde junho de 2023 e somente três meses depois, em setembro, a prefeitura teria iniciado o processo de renovação, realizando um pregão eletrônico – modelo de licitação pública que simplifica os procedimentos por ser realizado de forma digital.

O segundo contrato – que abrange 20% dos radares – teria vencido agora, em fevereiro deste ano. E a população só começou a perceber o desligamento dos equipamentos porque eles começaram a ser recolhidos nos pontos, como aconteceu na Via Mangue. (JC Online)

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