O empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha (foto em destaque), pegou carona em avião da Força Aérea Brasileira (FAB), de Brasília para Guarulhos, em São Paulo, no último dia 28 de novembro.
O filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava no mesmo voo que os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação). Não há irregularidades na carona, uma vez que as autoridades podem destinar os assentos vagos para qualquer pessoa, mesmo sem cargo público, conforme decreto publicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo a FAB, o vice-presidente da República; os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal (STF); os ministros de Estado e pessoas com cargo público com prerrogativas da função; os comandantes das Forças Armadas; e o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas podem usar os voos em compromissos oficiais.
Além desses casos, estão previstos pedidos de transporte em motivos de segurança ou emergência médica e deslocamentos para a residência permanente da autoridade.
Filho de Lula na Lava Jato
Em março, a Justiça Federal determinou a suspensão de seis processos da Receita Federal contra Lulinha em relação à Operação Lava Jato. A justificativa foi que o órgão usou provas anuladas pelo STF.
A investigação versava sobre repasses milionários da Oi à Gamecorp, uma das empresas dele, de 2004 e 2016, durante o primeiro mandato de Lula. Os processos contra o empresário no âmbito da Lava Jato foram arquivados.