Depois de quase cinco meses acumulando impactos trazidos pela Covid-19, as indústrias pernambucanas informam que vão tentar unir e buscar forças para soerguer a atividade produtiva.
Lançado pela FIEPE, o projeto Escolha Pernambuco foi criado para engajar a sociedade e estimular o consumo interno, visando incrementar o Produto Interno Bruto (PIB) local, incentivar a geração de emprego e permitir que os investimentos cheguem ao Estado.
Ao todo, Pernambuco tem cerca de 15 mil indústrias que podem ser beneficiadas pela iniciativa.
De acordo com o presidente da FIEPE, Ricardo Essinger, o lema de que “juntos somos mais fortes” nunca fez tanto sentido quanto neste momento de crise.
“Valorizar os produtos do nosso estado e apoiar a retomada do crescimento são importantes. Muitas vezes, os itens fabricados pelas nossas indústrias têm preços mais competitivos, mas não são privilegiados durante a compra. São atitudes simples, como olhar o endereço da fábrica no rótulo, por exemplo, que são capazes de mudar a nossa realidade”, disse.
Pernambuco tem uma das economias mais importantes do Nordeste, com uma pauta diversificada e capaz de reunir os setores produtivos mais pujantes que uma economia pode ter, como os setores gesseiro, de fruticultura, automotivo, de confecção, construção civil, bem como o sucroalcooleiro e o químico.
De acordo com a Fiepe, a indústria é responsável por gerar quase 20% do PIB interno e impulsionar o consumo de outros setores, como comércio e serviços.
Embora os desempenhos das economias local e do País não estivessem dos melhores antes da pandemia, devido à crise de 2015, enxergava-se uma lenta retomada no início de 2020. É tanto que os dados do Caged apontavam uma redução no saldo negativo de empregos, que saiu de 10.417 postos de empregos fechados em 2016 para 3.600 em 2019, em Pernambuco.
O mesmo movimento acontecia com a produção industrial do Estado, que pontuou 5,5% de crescimento na passagem de dezembro de 2019 para janeiro de 2020 e elevação de 4,9% de janeiro para fevereiro deste ano.
“Sabemos que temos um longo caminho para voltarmos aos patamares anteriores ou, no cenário mais otimista, crescermos mais. É preciso que cada um, se puder, faça a sua parte e contribua para que o que é produzido no nosso estado tenha ainda mais importância para o seu povo”, frisou Essinger.