“Aqueles que se escondem atrás da empresa ou de certos sindicatos apenas para fazer politicagem, têm de ficar preocupados mesmo com a privatização”, afirmou.
Por Carlos Britto / Foto: reprodução
Bastante criticado por não ter participado de uma audiência pública, semana passada, na Câmara de Vereadores de Petrolina, que discutiu o processo de privatização da Eletrobras e da Chesf, o ministro Fernando Filho (Minas e Energia) aproveitou a solenidade da ordem de serviço para a duplicação da Avenida Sete de Setembro, no dia de ontem (22) na cidade, para devolver no mesmo tom. “É muito fácil dizer, num momento difícil em que o país está vivendo, que é contra tudo”, afirmou.
Visivelmente aborrecido, Fernando Filho afirmou que não iria ficar “fazendo futrica pela imprensa” em torno do assunto, enquanto pode levar ações de sua pasta para Petrolina e outras cidades da região que precisam do apoio do governo federal. E fez questão de enaltecer o presidente Michel Temer, que lhe confiou a missão de assumir, aos 32 anos, uma das áreas mais sensíveis do seu governo, mesmo contra o partido do ministro (o PSB).
Fernando Filho lembrou ainda que as eleições gerais do ano que vem já estão se aproximando, e o povo brasileiro terá a oportunidade de comparar cada governo. “Aqueles que querem fazer apenas a confusão, que façam a confusão, mas deixe a gente trabalhar pelo país, que vive a maior crise da sua história”, desabafou o ministro. Ele citou, inclusive, que o atual governo já começa a inverter a curva, reduzindo o número de desempregados de 14 milhões para 13 milhões, além de vislumbrar um crescimento econômico – mesmo tímido – para 2018.
Sobre a privatização das duas estatais, o ministro citou o atual cenário hídrico do Rio São Francisco, que tem atualmente a vazão de 550 metros cúbicos por segundo (m³/s) – a menor de sua história – para atacar os seus críticos. “Tem muita gente que sabe que é bom, mas diz que é ruim para ter uma plataforma política. Tem muito deputado em Pernambuco e em Petrolina, que não tem o que mostrar, e agora pegou essa bandeira (contra a privatização) para dizer que defende alguma coisa”, alfinetou, sem citar nomes.
Revitalização
Fernando Filho lembrou que à época da privatização da telefonia ou da Vale do Rio Doce, as críticas também eram parecidas, e a prática revelou o contrário. “Na telefonia, diziam também que era uma questão de soberania nacional, que os estrangeiros iriam mandar nas nossas telecomunicações. Mas tinha gente que vivia antes de aluguel de linha telefônica, porque isso era coisa para rico, e hoje qualquer pessoa compra um chip de celular ou muda de operadora, se não gostar do serviço. E a Vale do Rio Doce, que quando foi privatizada, em 97, tinha 2 mil funcionários, hoje tem 110 mil e é uma das maiores empresas do mundo”.
O ministro assegurou que não iria topar um processo de privatização como esse, se não viesse junto com um programa de revitalização do rio. Alegando que órgãos como a Codevasf (que pena para manter os perímetros irrigados da região), e a Chesf não têm condições de cuidar do rio como necessário, a proposta prevê – por lei e pela concessão – um dos maiores programas de revitalização de uma bacia hidrográfica já vistos no país, o qual deverá ser anunciado em breve.
Fernando Filho garantiu também que o governo continuará sendo um dos maiores acionistas da Eletrobras, independente do grupo que vier a assumir a estatal.
Alerta
Mas o ministro, de fato, fez um alerta. Lembrando que entre 2012 e 2016 o governo anterior deixou um prejuízo de R$ 32 bilhões e quem pagou a conta foi o povo brasileiro, ele disse que aqueles que se escondem atrás da empresa ou de certos sindicatos apenas para fazer politicagem, têm de ficar preocupados mesmo com a privatização. “Aquele que não trabalhar, que não cumprir horário, vai rodar”, afirmou. “Eu gosto de uma briga grande, acho que herdei isso do meu pai. E essa é uma briga grande. Mas quando terminar esse processo, escrevam o que estou dizendo, estaremos construindo uma das maiores empresas de energia do mundo”, finalizou.
Que tipo de reportagem é essa? Defender a corrupção ?
A ignorância acerca do Setor Elétrico e energético faz desse senhor um papagaio do mercado.
Não sabe nada sobre as empresas estatais, a não ser o que repete sem parar nos meios de comunicação, que só lhe dão espaço por estar ministro nesse governo golpista.
Mas as estatais são patrimônio do povo brasileiro é esse lesa-pátria vai pagar caro por tudo o que faz contra o país. Vamos ver nas urnas, seu lugar é o lixo da história! Traidor de Pernambuco!
E o dinheiro da JBS? E Geddel? Diz pra sociedade o que vai acontecer se vender a ELETROBRAS, dos aumentos de energia.
Oh ministro, com essa privatização toda nação brasileira será prejudicada. Principalmente pelo custo da conta da energia elétrica, que irá subir. Iremos perder a nossa soberania energética. E o valor de investimento da Eletrobrás gira em torno de 400 bilhões e vcs estão doando para os chineses por 20 bilhões. Não venha dizer que essa medida será boa para a sociedade, que não vai ser.