
Os feirantes que comercializam carne em Petrolina estão atravessando uma fase difícil, com a queda nas vendas de produtos essenciais como carne. Eles apontam que a falta de movimento nas feiras é um reflexo direto da situação econômica do país, que, segundo os próprios comerciantes, tem piorado sob a gestão do atual governo. A alta nos preços de alimentos básicos tem afastado os consumidores, que já enfrentam dificuldades financeiras. “O presidente falou que a picanha ia ter o mesmo valor do ovo, mas, até hoje, isso não aconteceu. Fora isso, o ovo, que já estava caro, agora está absurdo de preço“, desabafou um feirante.
Essa situação se insere em um cenário econômico nacional complexo, marcado por alta na inflação, aumento nos custos de produção e uma desaceleração do crescimento econômico. O país enfrenta desafios como o aumento no preço dos combustíveis, a desvalorização do real e o alto índice de desemprego, fatores que afetam diretamente o poder de compra da população. Como consequência, os feirantes têm visto uma redução considerável nas vendas, o que tem comprometido suas receitas.
A carne, tradicionalmente um dos produtos mais consumidos nas feiras, tem se tornado cada vez mais inacessível para boa parte da população. A combinação de alta de preços e a diminuição da renda das famílias faz com que muitos consumidores busquem alternativas mais baratas, prejudicando os comerciantes locais.
“Estamos vendendo menos, as pessoas não estão conseguindo comprar o que consumiam antes. A situação está difícil para todo mundo, e o governo parece não dar atenção para a nossa realidade”, afirmou. Diante da situação o comércio sofre com a diminuição no movimento, e os feirantes seguem à espera de melhores perspectivas econômicas, não apenas para o mercado de carne, mas para todo o comércio da cidade, que se reflete nas dificuldades enfrentadas por milhares de trabalhadores autônomos e pequenos empresários. (Blog do Carlos Britto)