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Fechamento de lojas perde força em Pernambuco

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Recuperação do varejo no Estado vem sendo mais rápida do que a do setor no restante do País

Da editoria de Economia do JC Foto: Alexandre Gondim

Cento e cinquenta e quatro lojas fecharam as portas em Pernambuco entre os meses de janeiro e março deste ano. O dado da Confederação Nacional do Comércio (CNC), apesar de ainda ser negativo, revela um cenário de mudança: o número é quase seis vezes menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 843 estabelecimentos encerraram suas atividades. E essa recuperação vem acontecendo de forma bastante acelerada no Estado, que conquistou uma desaceleração maior do que a nacional, que reduziu o fechamento de lojas em quatro vezes.

Esses números refletem diretamente a situação das vendas no comércio varejista de Pernambuco. “Quando analisamos os números do comércio, Pernambuco mostra uma sequência de crescimentos maiores que as médias nacionais. Isso é ainda mais forte em setores do varejo como móveis e eletrodomésticos”, analisa o economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos.

Em maio deste ano, por exemplo, tivemos uma variação de 6,5% nas vendas do comércio varejista e de 7,4% nas vendas de automóveis (segmento contabilizado separadamente), segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE. No País, essas variações foram de 2,4% e 4,5%, respectivamente. A situação em maio do ano passado era a inversa: Pernambuco amargava números bem piores do que os do País. As vendas do varejo apresentavam queda de 13,9% (diante de uma redução nacional de 9%) e as vendas de veículos e motos caía 18,8% (contra -13,2% registrados nacionalmente).

Mesmo diante das transformações políticas vividas entre o primeiro trimestre de 2016 e o deste ano, o número de lojas fechadas em Pernambuco vêm apresentando uma redução mais consistente e regular a cada trimestre do que os registrados na média nacional.

Diante de um cenário geral de melhora, após dois anos registrando queda nas vendas, a CNC revisou para cima suas expectativas para 2017, apostando em crescimento de 1,6%. Parte dessa previsão se deve à expectativa de queda no desemprego e ligeiro aumento da renda até o fim deste ano. “Confirmada essa expectativa, o setor voltaria, enfim, a crescer após três anos de retrações ao fim do qual o nível mensal de vendas retroagiu a níveis do início de 2010”, afirma o economista da confederação, Fabio Bentes.

PONDERAÇÃO

A comemoração deve levar em consideração que comparações feitas com indicadores do ano passado estão se espelhando a pior fase da crise e, portanto, têm parâmetros muito baixos. “Elas (as vendas) ainda estão estabilizadas em um patamar cerca de 10% abaixo do pico histórico de novembro de 2014”, lembra a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes.

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