Por Cidinha Medrado
O atendimento à saúde da mulher envolve um acolhimento especial, afinal são muitas demandas e para garantir mais um apoio às mulheres do Araripe, o programa Araripina Urgente recebe toda sexta-feira as dicas e orientações da médica Ginecologista Drª Késia Holanda, no quadro, ‘Fala Doutora’, garantindo mais uma facilidade para este grande desafio. Durante sua fala no programa da última sexta-feira (30), a doutora incentivou que as mulheres tenham além da prevenção, hábitos saudáveis, como alimentação, realização de vacinas, acompanhamento médico em outros âmbitos como odontológico e exercícios físicos.
A ouvinte Kelly de 33 anos perguntou para a médica, a partir de quanto tempo depois de fazer uma ‘histerectomia’ (remoção cirúrgica do útero, que também pode incluir a retirada das trompas adjacentes e do ovário), é preciso fazer prevenção, ela fez a histerectomia há mais de 5 anos.
“A retirada do útero pode ser por vários motivos, por ter alguma lesão, por causa de uma ‘neoplasia’ (que engloba todos os casos de crescimento exagerado de um tecido, devido à uma proliferação incorreta das células, que pode ser benigna ou maligna), também de um mioma de grande tamanho e sangrando. Olha a colpocitologia é a mesma coisa da prevenção, do Papanicolau, eles mudam o nome, mas tem a mesma função, o caráter preventivo do Câncer, a função da prevenção é essa. Então toda mulher que faz prevenção duas vezes consecutivas e o exame der dentro da normalidade, a gente pode adiar ele para mais três anos, pode realizar ele daqui somente há 3 anos. Então Kelly, tem um exame anual que só o teu médico pode liberar se ele achar que precisa pode pedir, porque mesmo mulheres que fizeram histerectomia as vezes é preciso a coleta de material, mas somente o médico é que vai dizer se você tá liberada”, respondeu.
Outra ouvinte questionou se é normal a mulher parar de menstruar com 36 anos, a doutora fez uma avalição e explicou que nesta idade é possível a menopausa precoce.
“É sim, porque existe algum fator chamado menopausa precoce, que é a ausência menstrual por mais de 12 meses. A gente realmente vê menos isso, geralmente identifica a menopausa para uma mulher um pouco mais velha, com mais de 50, então 36 anos é muito nova, o tratamento ideal é fazer uma consulta com o ginecologista para avaliar se você estar ou não entrando na menopausa”, explicou a médica
A Luzia de Marcolândia, quis saber que tipos de exames são apropriados, e que são necessários fazer para saber se a pessoa está se cuidando corretamente.
“São os exames de rotina mesmo, para a gente saber se tá tudo bem, tudo ok, mas oriento que busque o médico de acordo com sintomas que você tenha. Os exames de rotina são para ver se tem diabetes, como é que estão as gordurinhas dentro do corpo, saber sobre a função renal, prevenções, um eletrocardiograma, lipídios, triglicerídeos, a função hepática, hemograma e exames de hormônios, se preciso tem o exame do tórax, todos são importantes, isso tem que ser sempre investigado independente dos sintomas de base”, disse Drª Késia.
A Renata do Distrito de Serrolândia em Ipubi, contou eu o seu ciclo menstrual aparece entre 20 e 25 dias, a médica explicou que é possível ser assim se ela toma algum tipo de anticoncepcional injetável, caso contrário é preciso avaliar no consultório com o médico.
“Renata, veja, tem mulheres que tomam anticoncepcional injetável que podem causar uma diminuição no ciclo menstrual, não sei se você toma anticoncepcional injetável ou se não está tomando. É como eu digo, a gente tem que avaliar cada situação de acordo com que o paciente toma, mas se você estiver tomando anticoncepcional injetável, sim existe uma diminuição no tempo do ciclo menstrual, senão tem que ver direitinho”, avaliou Késia Holanda. Ouça na íntegra: