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Ex-ministros querem continuar mamando nas tetas do governo

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Pelo menos quatro deles buscam mamando: César Borges, Miriam Belchior, Neri Geller, e Paulo Sérgio Passos

Deixados de lado na reforma ministerial do segundo governo Dilma Rousseff, ex-ministros tentam se viabilizar para ocupar cargos em estatais e autarquias controladas pelo Palácio do Planalto. Pelo menos quatro deles buscam se recolocar na Esplanada: César Borges (ex-Portos), Miriam Belchior (ex-Planejamento), Neri Geller (ex-Agricultura) e Paulo Sérgio Passos (ex-Transportes).

Geller disputa o comando da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), cujo orçamento para 2015 soma R$ 3 bilhões. A empresa é responsável por leilões de compra de alimentos e o repasse de subsídios a agricultores familiares. A capilaridade das ações da empresa é o que torna a estatal cobiçada por diversos partidos. Não é à toa que a Conab está loteada atualmente entre PT, PMDB, PROS e PTB.

Já César Borges (sem partido) é cotado para administrar a Empresa Brasileira de Logística (EPL), criada pelo governo para desenvolver projetos de infraestrutura. Ele foi ministro dos Transportes e dos Portos no primeiro mandato Dilma, mas perdeu força no PR, sigla que abandonou no ano passado.

O ex-titular de Transportes Paulo Sérgio Passos (PR) pode ir para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ele negocia a mudança com o PR, do qual é filiado. Em 2014, o Dnit administrou R$ 13,3 bilhões do orçamento global de R$ 20,7 bilhões destinado aos Transportes.

A ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior (PT) também deve assumir um posto estratégico fora da Esplanada dos Ministérios. Ela é cotada para a Caixa Econômica Federal, em substituição ao atual presidente do banco, o baiano Jorge Hereda, indicado pelo atual ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT).

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