Governador vai intensificar agenda fora do gabinete no primeiro semestre e investir na articulação política de olho nas eleições.
Do JC Online
Após aproveitar uma semana de recesso ao lado da esposa e das filhas, o governador Paulo Câmara (PSB) retomará o comando do Estado na próxima segunda-feira com uma estratégia traçada para não passar a imagem de que a crise econômica e a consequente baixa no caixa estadual travaram sua gestão. Sem ter à disposição assinaturas de ordens de serviço e inaugurações de obras na mesma proporção da época em que a situação econômica e a parceria entre o PSB e o PT eram mais favoráveis a Pernambuco, o socialista vai intensificar a agenda visitando canteiros de obras que estão em andamento.
O objetivo de Paulo Câmara é sair do gabinete sempre que possível neste primeiro semestre já que o ano eleitoral poderá gerar algumas amarras ao governo ou a prefeitos parceiros em busca da reeleição. A lista de obras a serem visitadas pelo governador está sendo levantada pela Secretaria da Casa Civil e deve incluir desde projetos tocados em parceria com o governo federal até empreendimentos executados por prefeituras com recursos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM).
Em janeiro, o governador ficou “preso” no Palácio do Campo das Princesas para cuidar do início do ano letivo, do planejamento do carnaval e da análise do contrato da Arena Pernambuco (cuja definição foi prometida para o mês passado, mas ainda não foi oficialmente divulgada). Em uma das primeiras agendas longe do gabinete este mês, Paulo vistoriou a Barragem de Serro Azul, em Palmares, na Mata Sul. O projeto, com 85% das obras concluídas, é considerado prioritário pelo governo estadual e a promessa é de que fique pronto ainda este ano.
A grande totalidade das obras a serem visitadas por Paulo é remanescente dos governos Eduardo Campos e João Lyra (PSB). Com pouco dinheiro em caixa, o atual chefe do Executivo estadual já reiterou que faz um governo de continuidade e que a prioridade é concluir o que não foi finalizado pelo PSB no passado. Dessa forma, projetos prometidos durante a campanha eleitoral, como a construção de novos hospitais, ficam em segundo plano.