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Esquerda à procura de um pensamento

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Coluna Fogo Cruzado – 15 de agosto de 2019

Com discurso fofo, pobre, vazio, dificilmente a esquerda voltará ao poder em 2022.

Por Inaldo Sampaio – Coluna Fogo Cruzado – 15 de agosto de 2019 / Foto: Raul Buarque/SEI

Ex-colaborador de Eduardo Campos que hoje se encontra afastado da política, lembrava anteontem na missa dos cinco anos de sua morte o quanto ele ainda faz falta à política nacional. Primeiro, porque deixou Pernambuco sem um líder, que falava pelo Estado e era ouvido nacionalmente. Segundo, porque não teve o tempo de que precisava para quebrar a polarização que havia no país entre o PT e o PSDB, cujo desgaste resultou na vitória de Bolsonaro em 2018. Esse ex-interlocutor privilegiado do ex-governador lamenta também que não haja hoje nas oposições um líder que tenha um “pensamento” consolidado, capaz de conduzir parcelas do povo brasileiro em sua direção.

De fato, para se ter ideia dessa indigência doutrinária, basta consultar os jornais de ontem. A vice-governadora Luciana Santos (PCdoB) diz que o combate ao déficit fiscal “é uma pauta antipovo e antinação”, o deputado Isaltino Nascimento (PSB) afirma que há um “ditador” no Palácio do Planalto, esquecido de que Bolsonaro foi eleito há apenas 10 meses com 58 milhões de votos, e o deputado João Paulo (PCdoB) que é necessária a instalação de uma “Frente parlamentar em defesa da democracia”, mesmo sabendo que essas frentes não servem para nada e que a democracia no Brasil não está em risco.

Com esse discurso fofo, pobre, vazio, dificilmente nossa esquerda voltará ao poder em 2022.

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