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Entenda como funcionam as linhas de crédito para pequenas e médias empresas durante a pandemia

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Foto: divulgação

A chegada do novo coronavírus ao Brasil lançou um desafio extra para as empresas nacionais: com as portas fechadas ou expediente reduzido, como pagar os custos fixos mensais? Diversas empresas de pequeno e médio porte já estão com dificuldade – ou até mesmo em dívidas – para conseguir quitar salários atrasados, encargos, aluguel, energia, telefone, fornecedores, entre inúmeros outros gastos. Para reduzir o problema, o Banco Central anunciou recentemente uma linha emergencial de empréstimos para custear a folha de pagamento de empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões.

A medida, que conta com valor total de R$ 40 bilhões, será destinada para pagamentos de funcionários que recebem até 2 salários mínimos (R$ 2.090,00), cabendo a própria empresa a cobertura de excedentes quando houver. Os juros deste empréstimo serão de 3,75% ao ano, carência de 6 meses  e o prazo de pagamento será de 30 meses. A empresa que optar por adquirir a linha fica obrigada a manter os empregos durante os dois meses do programa.

De acordo com o especialista em administração de empresas Milton Rui Jaworski, fundador da Consultoria Jaworski Empresarial (www.jaworskiconsultoria.com.br), este momento requer um aceite de crédito sem pestanejar. “Em tempos normais, é prudente que a empresa pense com cuidado e faça uma análise de todos os recursos disponíveis antes de adquirir qualquer linha de crédito. Mas no atual cenário, o mais importante é estar apto para cuidar dos funcionários w colaboradores, mantendo o capital humano”, aponta o especialista.

Neste cenário, Jaworski recomenda que o empresário não queime as suas reservas para quitar as folhas de pagamento. “É com este dinheiro guardado que a empresa conseguirá se reerguer quando a crise passar. A linha de crédito do Banco Central surgiu como uma excelente alternativa para quem não sabia como manter os funcionários”, diz ele.

Em caso de a crise perdurar por mais 30 ou 60 dias, como estimam as grandes organizações nacionais e internacionais, Jaworski relembra a importância de ajudarmos uns aos outros e aguardar outras flexibilizações dos Governos Federal, Estadual e Municipal, visto que todos estamos no mesmo barco. “A turbulência é igual para todos e a perda momentânea é certa. Resta manter a calma e ser racional”, aponta. “Quando essa crise passar, será hora de o empresário rever os seus conceitos, identificar os seus pontos fracos e definir uma estratégia vencedora, sempre com os pés no chão, para então se recuperar de maneira mais rápida e eficiente”, completa o especialista.

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