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Empresas pernambucanas driblam a crise e crescem em 2016

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Baterias Moura apresentou resultado positivo em todos os indicadores avaliados. Balanço empresarial analisou 272 companhias com sede no Estado

JC Online / Foto: Guga Matos/JC Imagem

Analistas costumam dizer que onde há crise, há oportunidade. A máxima foi seguida à risca por empresas sediadas em Pernambuco no ano passado. Realizado pela consultoria JBG & Calado, o Balanço Empresarial 2016 mostrou que as maiores companhias do Estado apresentaram bom resultado, surpreendendo as expectativas para um ano de adversidades no campo econômico e de turbulência política. Juntas, as empresas analisadas registraram aumento de 27% no lucro e de 23% na rentabilidade. Para 2017, a perspectiva é que se mantenha a tendência de crescimento e a onda de otimismo.

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Em sua 11ª edição, o balanço analisou 272 empresas privadas com sede local que publicaram suas demonstrações financeiras no Diário Oficial entre 1º de janeiro e 15 de julho de 2016. As companhias analisadas são de 25 setores diferentes e foram ranqueadas levando em consideração indicadores como ativos, receita líquida, lucro líquido, variação da receita líquida, rentabilidade do patrimônio líquido e margem líquida.

“Quando começamos a analisar os balanços ficamos surpresos com os resultados. Esperávamos algo semelhante com o que aconteceu em 2015, um ano também impactado pela crise em que as empresas sofreram bastante. Mas nos deparamos com vários indicativos positivos. Um deles foi a diversificação do ranking, com a presença de 25 setores econômicos. Outro foi a presença de dez empresas figurando em todos os sete critérios avaliados (antes o número não passava de três). E uma terceira foi o aparecimento e empresas de TI no ranking”, destaca o sócio-diretor da JBG & Calado, José Emílio Calado, lembrando que o Balanço Empresarial começou a ser realizado em 2006.

A Hipercard – empresa do Grupo Itaú Unibanco – ficou no topo do ranking no quesito lucro líquido. Registrou resultado de R$ 506 milhões, superando em 10% o valor do ano anterior. Em segundo lugar apareceu a Baterias Moura, com lucro de R$ 300,9 milhões. Na sequência estão ranqueados o grupo Ser Educacional (R$ 230,4 milhões), a Usina Trapiche (R$ 124,1 milhões) e a Interligação Elétrica Garanhuns (R$ 116 milhões).

GESTÃO

“As empresas se voltaram para dentro delas para avaliar de que maneira poderiam melhorar sua gestão. Isso passou por cortar custos, melhorar a eficiência, buscar mercados alternativos e apostar na transparência. Acredito que em 2017 os resultados também serão positivos porque será uma espécie de consolidação desse esforço para aprimorar a gestão”, sugere Calado. Os resultados mostram que as empresas foram para a ponta do lápis e constataram que é melhor investir no negócio do que deixar o dinheiro no banco num cenário de juros em queda.

No indicativo de solidez do negócio, o setor de energia se destacou com o resultado da Celpe, que apresentou receita líquida de R$ 4,69 bilhões. As empresas do setor de combustíveis também se destacaram no Balanço, com destaque para Total, Temape, Setta e Dislub. O desempenho reflete o aumento do faturamento das companhias do setor, depois que o governo federal deixou de segurar o preço dos combustíveis. No governo da ex-presidente Dilma Rousseff os preços ficaram congelados numa tentativa de segurar a inflação, o que terminou prejudicando o caixa da Petrobras.

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