Apesar de estar a mais de um ano como ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, nada fez para ajudar o Polo.
Por Roberto Gonçalves
Os empresários do Polo Gesseiro do Araripe, que são responsáveis pela produção de 97% do gesso consumido no país, sentem-se abandonados pelos poderes públicos do Estado e do País.
Empregando cerca de14 mil pessoas de forma direta e 69 mil de forma indireta no Sertão de Pernambuco, região que historicamente oferece poucas oportunidades de geração de renda, os representantes do setor se queixam que não recebem o devido apoio apesar do grande potencial do polo para gerar desenvolvimento econômico e social na região.
Segundo o presidente do Sindicato das Indústrias do Gesso, Josias Inojosa, inúmeros entraves ao desenvolvimento do setor, como os relativos à matriz energética, mercado informal e capacitação de mão de obra, vem se perpetuando apesar das constantes reivindicações apresentadas aos órgãos competentes.
Ele afirma ainda que faltam programas para criação de estrutura fundiária a fim de viabilizar diversos tipos de uso de florestas (manejo Florestal) como fonte de renda para o pequeno produtor. Além disso, não existem linhas de financiamento, por meio de bancos ou de órgãos governamentais, para pesquisas em áreas específicas destinadas à indústria do gesso que englobem não só a matriz energética, mas também as demais etapas da cadeia produtiva.
Questão da capacitação de mão-de-obra é outro gargalo. Para Josias, a exemplo do que tem sido feito para beneficiar o polo naval e automotivo na Região Metropolitana do Recife, o governo também deveria implantar um amplo programa de formação de mão-de-obra tanto na região do Araripe, como na formação do aplicador dos diversos produtos e sistemas construtivos com o uso de gesso na Construção Civil, a exemplo do programa “Pernambuco sem Fronteiras”, que infelizmente não avançou e que seria um excelente meio de qualificar trabalhadores a partir de EAD – Educação a Distância.