Por Fernando Bezerra Coelho
Neste período que antecede minha posse no Senado Federal, em 1º de fevereiro, tenho procurado me dedicar mais à leitura.
Dentre os livros que selecionei, destaco a trilogia biográfica de Getúlio Vargas, um dos maiores político do Brasil no século passado. Impressiona a capacidade de Getúlio de priorizar e hierarquizar os objetivos políticos e administrativos.
Embora o Partido Republicano do Rio Grande do Sul tenha dissentido do acordo da política do Café com Leite, que garantia o revezamento de Minas e São Paulo no poder federal, Getúlio com orientação do então líder Borges de Medeiros soube costurar como deputado federal a aproximação do seu estado com o governo central, permitindo na sequencia ser convocado para ministro da Fazenda do presidente Washington Luiz.
O Rio Grande do Sul, à época, iniciava um vigoroso programa de investimentos na infraestrutura ferroviária, portuária e rodoviária.
Lembro desta passagem porque acho que não temos espaço para errar na definição das prioridades de Pernambuco.
Eduardo Campos, com liderança política e talento administrativo, iniciou um grande ciclo de desenvolvimento para o nosso Estado.
Teve força política para atrair relevantes e expressivos recursos federais e teve talento e equipe para animar os empresários nacionais e internacionais a colocarem Pernambuco como destino dos seus investimentos.
O salto da economia pernambucana foi impressionante. Em 2006 Pernambuco arrecadava R$ 4,86 bilhões e a Bahia R$ 7,78 bilhões. Hoje, nossa arrecadação chegou a quase R$ 13 bilhões e já arrecadamos mais de 70% do ICMS da Bahia, Estado de maior população, território e PIB da região.