“O nosso partido tem uma cultura de aliança e não vamos fugir disso, a discussão será ampliada” disse,Sileno Guedes.
Da assessoria / Foto: Divulgação
Oficialmente, os líderes do PSB em Pernambuco evitam falar de eleição. As respostas do governador Paulo Câmara (PSB) e do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), são semelhantes quando são questionados sobre o assunto. Afirmam sempre que estão cuidando de suas respectivas gestões e que só vão tratar da disputa no momento certo. Mas na direção estadual da sigla, o ambiente é outro. Os socialistas estão trabalhando em um estudo envolvendo todos os municípios para definir qual a melhor estratégia a ser usada em cada cidade.
O levantamento está sendo feito com o objetivo de definir os locais onde o partido vai concorrer com candidaturas novas, onde os prefeitos podem disputar a reeleição e onde será possível compor alianças com outros partidos. De acordo com o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, dos 60 maiores municípios de Pernambuco, o partido governa 23 e, em 19, os prefeitos podem concorrer à reeleição.
Outra observação feita pelo socialista diz respeito ao número de gestores eleitos em 2015. “Foram 59 e hoje estamos com 70. Esse crescimento ocorreu depois da eleição do governador Paulo Câmara”, afirmou. Ele, no entanto, ponderou que, para a próxima campanha municipal, o desafio do PSB é manter a aliança governista. “O nosso partido tem uma cultura de aliança e não vamos fugir disso. Por conta disso estamos buscando discutir com todos os partidos”. A discussão será ampliada, segundo Sileno, com o retorno da Agenda 40, que terá como foco principal o debate com as lideranças políticas nos municípios.
Em relação aos locais onde as divergências começam a surgir, inclusive com mais de um socialista interessado na disputa, a exemplo de Petrolina, Sileno Guedes buscou amenizar. “Petrolina é um processo que vai ter que decantar com o tempo. Lá temos nomes representativos (o deputado federal Gonzaga Patriota e os estaduais Lucas Ramos e Miguel Coelho), mas nesse caso temos tempo para conversar, porque todos são filiados ao partido”, afirmou, referindo-se ao prazo para as políticos com mandato (vereadores e deputados) mudarem de partido, que termina em 19 de março.
Aproveitando a janela partidária, inclusive, os socialistas conseguiram arregimentar alguns nomes, entre eles os dos vereadores Eduardo Marques, Carlos Gueirros e Romildo Gomes Neto. Já para compor a coligação do prefeito Geraldo Julio, que irá disputar a reeleição, chegaram os apoios do PSDC, PRP, PRTB, PSD e SD. Ainda estão em andamento articulações para conquistar outras parcerias. O PMDB é cotado, inclusive, para ocupar o lugar na vice que hoje está com o PCdoB. Na campanha de 2012, a eleição de Geraldo foi sustentada por 17 siglas, número que os socialistas esperam manter na campanha deste ano.