A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia pediu ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-4) que solte todas as pessoas que tiveram prisões decretadas com base no entendimento da segunda instância. A informação é do portal G1.
Segundo a ministra, só poderá continuar na cadeia quem tiver outra ordem de prisão preventiva por representar riscos. O TRF-4, que tem sede em Porto Alegre, deve analisar “imediatamente” todas as prisões ordenadas somente pelo fato de as condenações terem sido confirmadas.
“Concedo parcialmente a ordem apenas para determinar ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região analise, imediatamente, todas as prisões decretadas por esse Tribunal com base na sua Súmula n. 122 e a coerência delas com o novo entendimento deste Supremo Tribunal, colocando-se em liberdade réu cuja prisão tiver sido decretada pela aplicação da jurisprudência, então prevalecente e agora superada”, decidiu Cármen Lúcia.
No julgamento da Corte que derrubou a prisão após condenação em segunda instância, a ministra se manifestou favorável ao entendimento. Ela considerava que era constitucional começar a cumprir a punição quando confirmada por um colegiado. No entanto, justificou que “observa o princípio da colegialidade e aplica o decidido pela maioria” do STF.
“Ressalvando minha posição pessoal sobre a possibilidade de execução provisória da pena, nos termos da legislação vigente, observo o princípio da colegialidade e aplico o decidido pela maioria deste Supremo Tribunal sobre a necessidade de se aguardar o trânsito em julgado para o início da execução da pena judicialmente imposta”, escreveu.
No dia 7 de novembro, os ministros decidiram, por 6 votos a 5, que é inconstitucional a prisão em segunda instância – a reclusão agora só vale depois de esgotados todos os recursos possíveis, ou seja, com o trânsito em julgado.
É triste mas todos já sabiam que isso aconteceria. Apesar de a luta dos que queriam derrubar esta conquista da sociedade em desfavor de criminosos e corruptos era excepcionalmente voltada à soltura do ex presidente e de outros condenados da Lava Jato, é sabido que esta decisão não atinge apenas estes, mas também outros e quaisquer criminosos e corruptos condenados em segunda instância.
Estima-se que, além do ex presidente, pelo menos outros quinze políticos corruptos condenados devem sair pela porta da frente de seus cárceres.
E o pior de tudo é que este retrocesso judicial que retira o restinho de confiabilidade que os brasileiros tinham no Poder Judiciário, colocando em liberdade aproximadamente *cinco mil* criminosos de todos os tipos. Desde simples ladrões até traficantes, estupradores e homicidas.
É triste. Mas é verdade.
“Parabéns” STF, OAB, Adogados e Militantes. Parabéns a todos que se empenharam de r5odas as formas possíveis para colocar em liberdade este “herói” nacional e de quebra colocam em meio ao seio da sociedade todos estes outros companheiros do seu “Semi-Deus”.
Este não é o Brasil que a gente precisa. Mas com certeza é o Brasil que queremos e merecemos por sermos tão cegos, individualistas e estúpidos.
Gihélio Gomes Diggiera
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