No texto, Murilo aconselha autoridades do Rio de Janeiro — incluindo o prefeito da capital — a visitar a cidade de Medellín, na Colômbia, para conhecer projetos que poderiam ser fontes de inspiração para acabar com a violência na cidade maravilhosa.
Murilo diz, entre outras coisas, que as equipes do Rio poderão “aprender como estruturar uma nova polícia que respeita os direitos da população” e que o “territórios vulneráveis precisam de arte-educadores, escolas públicas de primeiro mundo e equipamentos de convivência”.
O secretário ainda cita como exemplo os Centros Comunitários da Paz (Compaz), projeto recifense do qual ele é diretor. Os equipamentos foram inaugurados na gestão de Geraldo Júlio (PSB) e perpetuados na administração atual.
Na manhã deste domingo (31), Eduardo Paes esqueceu da amizade que cultiva com o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e rebateu o artigo do secretário municipal pelas redes sociais.
“O sujeito é secretário da oitava capital mais violenta do Brasil (o Rio é a 20ª) e tem coragem de querer dar conselhos aqui. Olha pro seu umbigo malandro”, disparou Paes, se referindo ao ranking divulgado no 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, de 2023.
A lista mencionada pelo prefeito elenca as capitais com maior número de mortes violentas intencionais no país. O índice leva em consideração homicídio doloso, feminicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais.
Em outro post, desta vez no X (antigo Twitter), Eduardo Paes compartilhou a mesma mensagem e acrescentou: “É muita cara de pau. Não vem de gracinha com o Rio não que a coisa fica ruim!”.
“Baixaria do prefeito”
Após a publicação das mensagens de Eduardo Paes, o secretário Murilo Cavalcanti afirmou que o prefeito do Rio de Janeiro “baixou o nível da discussão”.