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Duque inicia acordo de delação que deve mirar mais políticos

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Reunião com MP e PF durou duas horas; intenção é dar informações em volume suficiente para que Justiça aceite redução de penas.

Por Germano Oliveira, enviado especial/O Globo

O encontro de Duque com os procuradores, realizado na sede da PF em Curitiba, demorou duas horas. Na saída, Carlos Fernando não quis confirmar se o ex-diretor da Petrobras já começou a depor formalmente. Advogados informam que antes do primeiro depoimento oficial, o delator conta o que sabe para que os procuradores avaliem se vale a pena pedir ao juiz Sérgio Moro a homologação do acordo.

Como nesta quarta-feira vieram procuradores de Brasília, comenta-se na sede da PF que Duque possa ter falado da participação no esquema de corrupção da Petrobras de políticos com foro privilegiado. Conforme antecipou nesta terça-feira O GLOBO, Duque está disposto a entregar ao MPF informações sobre políticos com foro privilegiado.

A primeira reunião para negociação foi acompanhada pelo advogado de Duque, Marlus Arns de Oliveira, que ao chegar para o encontro, preferiu não dar detalhes da negociação com o Ministério Público Federal (MPF).

Um advogado que trabalha com Marlus Arns confirmou ao GLOBO a intenção do ex-dirigente de entregar informações em volume suficiente para que a Justiça aceite a redução de penas, em caso de condenação.

Dirigentes do PT temem que Duque fale sobre suas relações com o partido. Afinal, o ex-ministro José Dirceu o teria indicado para o cargo e, segundo o delator Pedro Barusco, ex-gerente da área de Serviços da Petrobras, o PT ficava com uma parte das propinas de sua área.

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