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Dupla mata adolescente no litoral pernambucano e filma crime

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A morte foi registrada na manhã desta terça-feira (25) / Foto: TV Jornal

A morte foi registrada na manhã desta terça-feira (25)
JC Online / Foto: TV JornalCom informações da TV Jornal

Atualizada às 23h14

Uma adolescente de 14 anos foi agredida até a morte na manhã desta terça-feira (25), no Pontal de Maria Farinha, em Paulista, Região Metropolitana do Recife (RMR). De acordo com a Polícia Civil, as suspeitas do crime são duas jovens de 15 anos, que filmaram toda a ação, divulgada nas redes sociais.

Um vídeo de oito minutos e 34 segundos mostra a vítima sendo torturada. Mesmo pedindo que as agressoras parassem e conversassem com ela, a vítima não conseguiu escapar dos socos, puxões de cabelo, tentativas de afogamento e golpes de faca. No fim da gravação, uma mulher chega ao local e avisa que vai chamar a polícia.

Vestindo o uniforme de uma escola pública do Recife, a vítima foi encontrada morta na beira-mar, perto de uma edificação abandonada.

Possíveis motivações

Por volta das 14h40, as duas adolescentes chegaram à Delegacia de Polícia da 34ª Circunscrição, em Maria Farinha, onde foram autuadas em flagrante de ato infracional equiparado a homicídio. Na unidade policial, o delegado Álvaro Muniz tentou ouvi-las, mas só conseguiu de maneira informal, já que ambas permaneceram bastante agressivas durante todo o tempo em que estiveram no local. “Desde o momento em que foram apreendidas, se mostram extremamente agressivas e com sinais de que ingeriram entorpecentes. Iniciamos o depoimento, mas de uma hora para outra, começaram a gritar, surtar, inclusive agredindo policiais civis. Diante do contexto, fica totalmente inviável colhermos a versão para esse trágico crime”, explicou à TV Jornal.

Segundo o delegado, com base no que conseguiu escutar inicialmente, o assassinato teria sido motivado por uma possível traição. “As informações que elas nos dão são de que a vítima teve um relacionamento com uma delas por cerca de dois anos, separaram, e agora a vítima pediu para se encontrar com uma delas. A outra descobre e vai atrás, presencia esse encontro e começam aí as agressões físicas. A traída vai até o local e a outra deixa que as agressões aconteçam até um determinado instante em que participa também”, disse.

Pouco antes das 21h, as duas, que já haviam passado pela Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), foram levadas para a Unidade de Atendimento Inicial (Uniai) do órgão, localizada na Boa Vista, Centro do Recife.

No Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, área central da cidade, a mãe da vítima, 36, afirmou à TV Jornal que o crime ocorreu porque uma das agressoras estava inconformada com o fim do relacionamento. “O que ela fez foi uma maldade, cruel e ainda botou nas redes sociais. Isso não existe, isso a gente não faz nem com bicho, imagina com um ser humano”, disse. A versão é a mesma apontada pelo namorado da menina, um jovem de 17 anos. “Ela não aceitou o fim do relacionamento, não queria ver minha namorada feliz e fez essa barbaridade”, afirmou.

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