Mais uma atitude do Ministro Alexandre de Moraes que coloca em xeque a eleição 2022. Ele que criticou e até puniu os que não aceitavam a posse de Lula para presidência, agora quer impedir que 11 deputados tomem posse no próximo dia 1 de fevereiro.
Ele enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de análise sobre a ação que busca suspender a posse de deputados apoiadores de Bolsonaro e investigar o envolvimento de parlamentares nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro. As informações são do Blog do Mário Flávio.
Um dos nomes que deveriam entrar na lista dos deputados para não assumir era o de Clarissa Tércio (PP). Ela chegou a ser objeto de inquérito e apontada pela imprensa nacional como parlamentar que insultou e apoiou as manifestações de 8 de janeiro em Brasília. Bolsonarista raiz ela não entrou na lista dos que podem ter seus diplomas anulados pelo Supremo. Escapou e até agora ninguém sabe como.
A decisão do ministro parte de solicitação feita pelo Grupo Prerrogativas. Estão na lista dos possíveis impedidos de assumir: Luiz Ovando (PP-MS), Marcos Pollon (PL-MS), Rodolfo Nogueira (PL-MS), João Henrique Catan (PL-MS), Rafael Tavares (PRTB-MS), Carlos Jordy (PL-RJ), Silvia Waiãpi (PL-AP), André Fernandes (PL-CE), Sargento Rodrigues (PL-MG), Walber Virgolino (PL-PB) e Nikolas Ferreira (PL-MG).
Esse último teve mais de 800 mil votos em Minas Gerais. A situação beira o absurdo e recebe críticas até de aliados do PT. Se age com uma caneta pesada em relação aos bolsonaristas, Moraes fecha os olhos para as falas do presidente Lula. Em recentes encontros com os presidentes da Argentina e Uruguai o petista voltou a afirmar que a ex-presidente Dilma foi vítima de um golpe de estado.
A acusação de Lula foi para atacar o ex-presidente Michel Temer (MDB), mas vai frontalmente contra o STF, a quem Lula chamou de corte “acovardada”, numa gravação divulgada na época da mais grave crise enfrentada pelo Partido dos Trabalhadores. Sem falar que aliados hoje que fazem parte do governo defenderem o impeachment de Dilma.
Nos arroubos de Lula com os líderes dos países vizinhos, Michel Temer deu o tal golpe sozinho, sem o ministro Ricardo Lewandowski, sem STF, sem Renan Calheiros, que era o presidente do Senado, sem Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito com Lula, sem Simone Tebet, que hoje é ministra dele após apoiar Lula no segundo turno, sem a maioria da Câmara e sem a maioria do Senado, das quais ele agora precisa para governar.
Se houve Golpe como afirma Lula a Constituição foi rasgada e todos que ajudaram no tal feito deveriam ser alvos de investigação, ter mandatos cassados e serem até presos. Esse é apenas um exemplo dos dois pesos e duas medidas aplicadas pelo ministro Alexandre de Moraes, que atende a pedido de um grupo de advogados, que serve quase como um puxadinho do PT. Tomara que a PGR tenha bom senso e não dê corda a esse tipo de pedido.
Os futuros parlamentares vão tomar posse com o maior bem a democracia: o voto popular. Impedir essa posse é um ato frontal à democracia. A conferir.
…É necessário postura
Embora algumas ações do STF sejam exageradas os deputados precisam ter mais postura na hora de tecer comentários ou se posicionar nas redes sociais. Não dá para liderar milhões de pessoas nas redes e colocar o tempo o sistema eleitoral em xeque ou incentivar ações como as que aconteceram no dia 8 de janeiro em Brasília.
De acordo com a jornalista Dora Kramer, o governo Lula se aproveita do momento para avançar no controle da imprensa sob diferentes nomes. “O mais explícito é o departamento de promoção da liberdade de expressão da Secom. É o requentar do velho conselho de controle e fiscalização da imprensa”, disse a jornalista.
…Ainda segundo a jornalista
Ela diz que governistas vão precisar cortar um dobrado para impedir a instalação da CPI do golpe que, antes de Lula se posicionar contra, provocou entusiasmo geral. As assinaturas estão lá e o presidente do senado, Rodrigo Pacheco, já disse que instala. Vai ser divertido assistir ao dito pelo não dito, escreveu a experiente jornalista, que vem sendo alvo de ataques nas redes sociais por parte de petistas e bolsonaristas. (Blog do Magno)