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Docentes e servidores das universidades federais continuam em greve

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Foto: Leticia Schlemper/Apufsc

O movimento dos professores teve início em 15 de abril. Eles alegam perdas salariais e reivindicam melhores condições de trabalho. A paralisação dos técnicos administrativos, iniciou no dia 11 de março e na sequência, houve  a adesão dos docentes. A classe exige  reajuste salarial, pois o último foi em 2018.

A assembleia geral foi realizada no dia 9 de abril e definiu a greve, sob a liderança do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes). Além da recomposição salarial, os professores também pedem , valorização das carreiras, mais concursos públicos e investimentos nas instituições de ensino. A decisão foi tomada após o governo propor reajuste zero para a categoria em 2024. O aumento solicitado pelos professores é de 22,71% a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% em 2024, 2025 e 2026. Os percentuais reivindicados correspondem às perdas salariais sofridas desde o governo do ex-presidente Michel Temer (2016-2019).

Entre as instituições federais do Paraná que aderiram à greve estão o Instituto Federal do Paraná (IFPR), a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e a Universidade Federal de Integração Latino-Americana (Unila). O movimento de greve dos professores ocorre em âmbito nacional, com a adesão de instituições em diversos estados brasileiros. Um professor da UTFPR de Ponta Grossa, que não quis ser identificado, comenta que a defasagem está em 40% e não havia alternativa se não a greve. “Tudo subiu muito depois da pandemia e, no geral, todos os setores receberam recomposição salarial, conforme os cálculos da inflação em suas datas base”, destaca.

O governo apresentou, em 19 de abril, uma proposta de reajuste de 9,5% no salário em 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. A contraproposta foi realizada pelos servidores  na sede do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) em Brasília, durante  reunião que discutiu a reestruturação da carreira.

Na assembleia geral extraordinária, realizada no dia 25 de abril na UTFPR de Ponta Grossa, os professores decidiram recusar a proposta do governo. Entre os assuntos debatidos estavam a falta de concursos públicos, queda na verba de custeio,  suspensão do calendário e retirada da proposta de emenda à Constituição (PEC, nº 3, que trata da reforma administrativa). Os manifestantes também pedem apoio à greve ao movimento estudantil.

Thais Luisa Deschamps Moreira, professora adjunta da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), campus de Ponta Grossa, explica que  os professores não estão interessados apenas em recomposição salarial, mas também, verbas para a manutenção estrutural das universidades e institutos federais além da abertura de novos concursos públicos. Moreira ainda pontua que a greve é unificada e que os técnicos das instituições federais de ensino também lutam por salários e melhores condições de trabalho.

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