Apesar do escândalo envolvendo suspeitas de corrupção e favorecimento, a Âmbar Energia, do Grupo J&F, controlado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, já formalizou na agência reguladora Aneel o plano para assumir o controle da distribuidora Amazonas Energia.
A compra da Amazonas Energia pelo grupo J&F foi viabilizada por medida provisória assinada pelo presidente Lula (PT), transferindo sua dívida bilionária para as contas de luz pagas mensalmente pelos consumidores. Lula e os irmãos Batista foram presos por crimes relativos a corrupção, no âmbito da Operação Lava Jato.
A MP de Lula foi assinada após 17 reuniões fora da agenda entre dirigentes do grupo empresarial da dupla Joesley/Wesley e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pessoalmente ou representado por prepostos.
A medida provisória de Lula muda as regras para distribuidoras de energia “com problemas financeiros”, beneficiando diretamente a Amazonas Energia, que estava sendo negociada pelo grupo dos irmãos Batista, que desejava se livrar de multa superior a R$1 bilhão da Aneel por descumprimento de contrato.
Representação de Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao TCU, solicitou a anulação do acordo que resulta nessa aquisição por contrariar o interesse público. O procurador ainda pediu que fossem investigados os benefícios garantidos ao grupo dos irmãos Batista pela medida provisória assinada por Lula.
De acordo com o documento enviado à Agência Nacional de Energia Elétrica, a compra da Amazonas Energia, que tem entre seus ativos treze termelétricas, será adquirida oficialmente pelos fundos Futura Venture e Fundo Milão, da J&F.