Do blog do Kennedy
Com uma avaliação ruim na pesquisa CNI/Ibope, o governo teme que os protestos marcados para 12 de abril tenham ainda mais gente do que em 15 de março.
A reprovação à presidente Dilma Rousseff chegou a 64%. A principal razão para esse resultado negativo são as más notícias na economia.
Para o governo, a única notícia boa da pesquisa divulgada nesta sexta é que os números repetem mais ou menos os índices que o Datafolha obteve no meio de março. Ou seja, a presidente teria atingido o seu piso, até porque é difícil perder ainda mais popularidade.
Mas a fraqueza política do governo Dilma, como mostram as pesquisas de opinião, tem fortalecido o Congresso, que pode tirar poder do Executivo.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defende que seja discutida a votação da autonomia legal do Banco Central. Na campanha eleitoral de 2014, a presidente rejeitou a independência do BC. Se o PMDB bancar essa proposta, há chance de ela sair do papel.
Há uma série de outros projetos em tramitação na Câmara e no Senado para diminuir o poder presidencial. Exemplo: a PEC da Bengala, que pretende elevar de 70 para 75 a idade máxima para aposentadoria de ministros dos tribunais superiores. Assim, Dilma deixaria de indicar cinco novos ministros para o Supremo Tribunal Federal.
O Congresso quer fixar ainda o prazo para o presidente indicar membros para os tribunais superiores e as agências reguladoras.