Presidente realizou duas reuniões com ministros no final de semana para discutir andamento na Câmara do processo contra Ela.
por Cristiane Jungblut e Geralda Doca/ Agência O Globo
No sábado, Dilma já havia se reunido com os ministros Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Logo em seguida, Dilma embarcou para Porto Alegre, para se encontrar com a família, de onde voltou na tarde deste domingo. A presidente decidiu voltar já neste domingo e não passar o feriado de amanhã na capital gaúcha.
— Temos que ter maioria no Congresso. Tem que valer a coalizão — disse um ministro.
Apesar da pressão pelo seu afastamento do cargo, o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse neste domingo ao GLOBO que sua atuação será “normal” na volta à Câmara após a divulgação de que contas secretas na Suíça eram usadas por ele para pagar despesas pessoais da família. Cunha informou que decidirá na terça-feira sobre o pedido de impeachment elaborado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior e apoiado pelo PSDB. O presidente da Câmara também defendeu o rito estipulado por ele sobre o processo. Ele definiu que, em caso de rejeição de um pedido de impeachment, cabe recurso ao plenário da Câmara. E entendeu que bastaria a aprovação do recurso por maioria simples dos presentes à sessão. Deputados do PT e do PCdoB entraram com uma ação no STF contra as regras.