Dilma defendeu, em café com jornalistas, a CPMF e o endividamento que tanto criticou na campanha.
Por Claudio Humberto / JC / Foto: Ichiro Guerra
Atordoada com o impeachment batendo à porta, a presidente Dilma escorregou na lorota, outra vez, durante café da manhã com jornalistas, ontem. Ela defendeu aumento de impostos “para reequilibrar o País” e, claro, o retorno da CPMF. Nem sequer se desculpou pela própria declaração, em 11 de setembro de 2014, durante sua campanha à reeleição, sobre o imposto do cheque: “Eu sou contra a CPMF”.
Em 2014, Dilma atacou o tucano Aécio Neves, acusando o governo FHC de aumentar impostos e deixar uma dívida pública “muito maior”.
Dados do Tesouro mostram que a dívida pública atingiu R$ 2,7 trilhões em novembro passado. Em dezembro de 2002 era de R$ 893 bilhões.
Em janeiro de 2008, primeiro mês sem a CPMF, a arrecadação do governo foi de R$ 62,6 bilhões, uma expansão de 20%.