Não é difícil andar por aí e encontrar situações de desperdício de água limpa e tratada. Seja nas cidades mais populosas de Pernambuco ou nas do interior, que tem o abastecimento bem mais precário, o líquido essencial à vida deixa de chegar na casa de quem mais precisa.
As causas do desperdício, em muitas situações, são problemas na tubulação, antigas em muitas localidades; e as ligações clandestinas que desviam água.
Um levantamento feito pelo Observatório do Saneamento Ambiental do Recife aponta que o índice de perda de água tratada em Pernambuco chega a 52%. O percentual é maior que a média nacional, que é de 38%. No recorte por municípios, a perda pode chegar a 70%, como é o caso de Santa Cruz da Baixa Verde, no sertão do Pajeú, com 73%, e Riacho das Almas, no Agreste, com 70%. Ambas ficam em áreas que sofrem com rodízio severo de abastecimento. Nas cidades litorâneas e da zona da mata o índice é superior a 67%.