Crise econômica nacional e déficit financeiro do Estado vão dominar início do segundo semestre. Fim do prazo para mudança partidária abrirá o debate eleitoral de 2016.
Do JC Online
Após 33 dias de recesso parlamentar, os deputados estaduais retornam, segunda-feira (03), às atividades na Assembleia Legislativa sob previsão de um semestre de embates mais acirrados entre governistas e oposicionistas, inflamados pela crise financeira do Estado, a crise econômica do País e a crise política entre o governo Dilma (PT) e a Câmara dos Deputados.
A aposta é que não será possível conter o debate em cada bancada, devido aos interesses conflitantes e o número de pretendentes, principalmente cidades-chave como o Recife, Olinda, Jaboatão, Caruaru e Petrolina.
Em nome do decoro entre as bancadas, deputados pedem discrição, mas não se negam a revelar a aposta de cada lado. “A disputa vai levar alguns deputados (da maioria) a começarem a exercer a sua cidadania na Casa. Se isso for mal conduzido (pelo governador Paulo Câmara), pode haver arrumações eleitorais e reforço para nosso campo”, analisa um oposicionista. “Vão aflorar contradições e conflitos na oposição, como no Recife. Edilson Silva (PSOL) e Sílvio Costa Filho (PTB) pensam iguais?”, prevê um governista.
O líder do governo na Casa, Waldemar Borges (PSB), antecipa que defenderá que Pernambuco (o que inclui a oposição) “cerre fileiras” em torno do pleito do governo para que a presidente Dilma autorize os Estados a contraírem empréstimos para investimentos. “Nossas dificuldades foram criadas por uma política econômica nacional desastrosa. Se não quer transferir recursos, que permita os empréstimos”, propõe Borges.