Deputados que apoiam o candidato a presidente da Câmara Arthur Lira e que integram a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados articulam se insurgir contra o presidente da Casa, Rodrigo Maia, e convocar o colegiado a sua revelia.
São eles – Marcos Pereira (Republicanos), Soraya Santos (PL), Expedito Netto (PSD) e André Fufuca (PP). Juntos, formam a maioria dos sete integrantes da Mesa Diretora.
A operação tem por objetivo forçar Maia a responder a questionamentos do PP de Lira sobre procedimentos da Casa que, a depender da resolução, podem beneficiar a candidatura de Lira.
São elas – a adesão do PSL ao bloco de Arthur Lira, a data da eleição para a presidência da Câmara e se a eleição ocorrerá por meio remoto ou presencial.
Na semana passada, 32 dos 53 deputados do PSL fecharam apoio ao bloco de Lira, mas Maia e seus aliados têm dito que a adesão é inócua pois eles estão suspensos do partido. O grupo de Lira diz que a suspensão foi por ato monocrático de Maia e que ainda assim não valeria para esse ato.
Sobre a data da eleição, Maia marcou para o dia 2 de fevereiro, mas tradicionalmente ela ocorre no dia 1 de fevereiro. O artigo 5, parágrafo quarto da Constituição federal diz que elas devem ocorrer “a partir do dia 1 de fevereiro”. O grupo de Lira avalia que a data é prejudicial pois daria a Maia um dia de articulações estando no cargo na véspera da disputa. Já quanto a votação remota ou presencial, Lira e aliados preferem que ela seja presencial.
Integrantes da Mesa vão se reunir presencialmente ainda nesta segunda (11) na residência oficial de Maia para tentar que ele mesmo convoque uma reunião para decidir sobre esses assuntos, sob pena de uma convocação por decisão da maioria independentemente da vontade dele ocorrer. (Por Caio Junqueira – CNN Brasil)
